A vida, manso lago azul algumas
Vezes, algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul, sem ondas sem espumas!
Sobre ele, quando, desfazendo as brumas
Matinaes, rompe um sol vermelho e quente,
Nós dois vagamos indolentemente,
Como dois cisnes de alvacentas plumas!
Um dia um cisne morrerá, por certo:
Quando chegar esse momento incerto,
No lago, onde talvez a agua se tisne,
Que o cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais cante, nem sósinho nade,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne...
Vezes, algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul, sem ondas sem espumas!
Sobre ele, quando, desfazendo as brumas
Matinaes, rompe um sol vermelho e quente,
Nós dois vagamos indolentemente,
Como dois cisnes de alvacentas plumas!
Um dia um cisne morrerá, por certo:
Quando chegar esse momento incerto,
No lago, onde talvez a agua se tisne,
Que o cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais cante, nem sósinho nade,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne...
Júlio Mário Salusse
Júlio Mário Salusse (Nova Friburgo, 30 de março de 1872 – Rio de Janeiro, 30 de janeiro de 1948) foi um advogado e poeta brasileiro. Neto
de uma das primeiras imigrantes suíças, Marianne Joset, que colonizaram
Nova Friburgo, e de Guillaume Marius Salusse, oficial de Napoleão
Bonaparte. Parnasiano, notabilizou-se pela autoria de "Cisnes", que goza até hoje de extrema popularidade.
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