Júlia Valentim da Silveira Lopes de Almeida (Rio de Janeiro, 24 de setembro de 1862) foi uma escritora e abolicionista brasileira.
Filha do médico Valentim José da Silveira Lopes, mais tarde Visconde de São Valentim, e de Adelina Pereira Lopes, foi casada com o poeta português Filinto de Almeida, e mãe dos também escritores Afonso Lopes de Almeida, Albano Lopes de Almeida e Margarida Lopes de Almeida.
Viveu parte da infância em Campinas. Em 1881 publicou seus primeiros textos na Gazeta de Campinas, apesar de na época a literatura não ser vista como uma atividade própria para mulheres. Numa entrevista concedida a João do Rio entre 1904 e 1905, confessou que adorava escrever versos, mas o fazia às escondidas.
Em 28 de novembro de 1887 casou-se com Filinto de Almeida, à época diretor da revista A Semana, editada no Rio de Janeiro. Passou a ser colaboradora sistemática da publicação. Também escreveu para a revista Brasil-Portugal (1899-1914).
Pioneira da literatura infantil no Brasil, seu primeiro livro, Contos Infantis (1886), foi uma reunião de 33 textos em verso e 27 em prosa destinados às crianças, escrito em parceria com sua irmã, Adelina Lopes Vieira. Um ano depois, publicou Traços e Iluminuras, o primeiro dos seus 10 romances. Escreveu também para teatro, com dois volumes publicados e cerca de 10 textos inéditos.
Foi presidenta honorária da Legião da Mulher Brasileira, sociedade criada em 1919. Sua coletânea de contos Ânsia Eterna, 1903, sofreu influência de Guy de Maupassant e uma das suas crônicas veio a inspirar Artur Azevedo ao escrever a peça O dote. Em colaboração com o marido, escreveu, em folhetim do Jornal do Commercio, seu último romance, A Casa Verde, em 1932. Morreu dois anos depois, no Rio de Janeiro.
Júlia Lopes de Almeida integrava o grupo de escritores e intelectuais que planejou a criação da Academia Brasileira de Letras. Seu nome constava da primeira lista dos 40 "imortais" que fundariam a entidade, elaborada por Lúcio de Mendonça.
Na primeira reunião da ABL, porém, seu nome foi excluído. Os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, da mesma forma que a Academia Francesa, que lhes servia de modelo. No lugar de Júlia Lopes entrou justamente o seu marido, Filinto de Almeida, que chegou a ser chamado de "acadêmico consorte".
O veto à participação de mulheres só terminou em 1977, com a eleição de Rachel de Queiroz para a cadeira nº 5.
Principais obras
Filha do médico Valentim José da Silveira Lopes, mais tarde Visconde de São Valentim, e de Adelina Pereira Lopes, foi casada com o poeta português Filinto de Almeida, e mãe dos também escritores Afonso Lopes de Almeida, Albano Lopes de Almeida e Margarida Lopes de Almeida.
Viveu parte da infância em Campinas. Em 1881 publicou seus primeiros textos na Gazeta de Campinas, apesar de na época a literatura não ser vista como uma atividade própria para mulheres. Numa entrevista concedida a João do Rio entre 1904 e 1905, confessou que adorava escrever versos, mas o fazia às escondidas.
Em 28 de novembro de 1887 casou-se com Filinto de Almeida, à época diretor da revista A Semana, editada no Rio de Janeiro. Passou a ser colaboradora sistemática da publicação. Também escreveu para a revista Brasil-Portugal (1899-1914).
Pioneira da literatura infantil no Brasil, seu primeiro livro, Contos Infantis (1886), foi uma reunião de 33 textos em verso e 27 em prosa destinados às crianças, escrito em parceria com sua irmã, Adelina Lopes Vieira. Um ano depois, publicou Traços e Iluminuras, o primeiro dos seus 10 romances. Escreveu também para teatro, com dois volumes publicados e cerca de 10 textos inéditos.
Foi presidenta honorária da Legião da Mulher Brasileira, sociedade criada em 1919. Sua coletânea de contos Ânsia Eterna, 1903, sofreu influência de Guy de Maupassant e uma das suas crônicas veio a inspirar Artur Azevedo ao escrever a peça O dote. Em colaboração com o marido, escreveu, em folhetim do Jornal do Commercio, seu último romance, A Casa Verde, em 1932. Morreu dois anos depois, no Rio de Janeiro.
Júlia Lopes de Almeida integrava o grupo de escritores e intelectuais que planejou a criação da Academia Brasileira de Letras. Seu nome constava da primeira lista dos 40 "imortais" que fundariam a entidade, elaborada por Lúcio de Mendonça.
Na primeira reunião da ABL, porém, seu nome foi excluído. Os fundadores optaram por manter a Academia exclusivamente masculina, da mesma forma que a Academia Francesa, que lhes servia de modelo. No lugar de Júlia Lopes entrou justamente o seu marido, Filinto de Almeida, que chegou a ser chamado de "acadêmico consorte".
O veto à participação de mulheres só terminou em 1977, com a eleição de Rachel de Queiroz para a cadeira nº 5.
Principais obras
Romances
- A Família Medeiros
- Memórias de Marta
- A Viúva Simões
- A Falência
- Cruel Amor
- A Intrusa
- A Silveirinha
- A Casa Verde (com Felinto de Almeida)
- Pássaro Tonto
- O Funil do Diabo
Novelas e contos
- Traços e Iluminuras
- Ânsia Eterna
- Era uma vez…
- A Isca (quatro novelas)
- A caolha
Teatro
- 1909 - A Herança (peça em um ato)
- 1917 - Teatro
Diversos
- Livro das Noivas
- Livro das Donas e Donzelas
- Correio da Roça
- Jardim Florido
- Jornadas no Meu País
- Eles e Elas
- Oração a Santa Dorotéia
- Maternidade (obra pacifista)
- Brasil (conferência)
Escolares
- Histórias da Nossa Terra
- Contos Infantis (com Adelina Lopes Vieira)
- A Árvore (com Afonso Lopes de Almeida)
Faleceu no Rio de Janeiro, em 30 de maio de 1934.
Fonte: Wikipedia
Comentários
Postar um comentário