Euclides Rodrigues da Cunha (Cantagalo, 20 de janeiro de 1866) foi um engenheiro, militar, físico, naturalista, jornalista, geólogo, geógrafo, botânico, zoólogo, hidrógrafo, historiador, sociólogo, professor, filósofo, poeta, romancista, ensaísta e escritor brasileiro.
Euclides nasceu na fazenda Saudade, em Cantagalo, filho de Manuel Rodrigues da Cunha Pimenta e Eudóxia Alves Moreira da Cunha. Órfão de mãe desde os 3 anos, passa a viver em casas de parentes em Teresópolis, São Fidélis e Rio de Janeiro. Em 1883 ingressa no Colégio Aquino, onde foi aluno de Benjamin Constant, que muito influenciou a sua formação introduzindo-lhe à filosofia positivista. Em 1885, ingressa na Escola Politécnica, e no ano seguinte, na Escola Militar da Praia Vermelha, onde novamente encontra Benjamin Constant como profes
Foi eleito em 21 de setembro de 1903 para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras na sucessão de Valentim Magalhães, e recebido em 18 de dezembro de 1906 pelo acadêmico Sílvio Romero.
Euclides nasceu na fazenda Saudade, em Cantagalo, filho de Manuel Rodrigues da Cunha Pimenta e Eudóxia Alves Moreira da Cunha. Órfão de mãe desde os 3 anos, passa a viver em casas de parentes em Teresópolis, São Fidélis e Rio de Janeiro. Em 1883 ingressa no Colégio Aquino, onde foi aluno de Benjamin Constant, que muito influenciou a sua formação introduzindo-lhe à filosofia positivista. Em 1885, ingressa na Escola Politécnica, e no ano seguinte, na Escola Militar da Praia Vermelha, onde novamente encontra Benjamin Constant como profes
Foi eleito em 21 de setembro de 1903 para a cadeira 7 da Academia Brasileira de Letras na sucessão de Valentim Magalhães, e recebido em 18 de dezembro de 1906 pelo acadêmico Sílvio Romero.
A esposa de Euclides, conhecida como Anna de Assis, veio a tornar-se amante de um jovem cadete 17 anos mais novo do que ela chamado Dilermando de Assis. Ainda casada com Euclides, teve dois filhos de Dilermando. Um deles morreu ainda bebê. O outro filho era chamado por Euclides de "a espiga de milho no meio do cafezal", por ser o único louro numa família de morenos. Aparentemente, Euclides aceitou como seu esse menino louro.
A traição de Anna desencadeou uma tragédia em 1909, ao que Euclides entrou armado na casa de Dilermando dizendo-se disposto a matar ou morrer. Dilermando reagiu e matou Euclides, mas foi absolvido pela justiça militar ao ser julgado. Entretanto, até hoje o episódio, conhecido como Tragédia da Piedade, é alvo de controvérsias. Dilermando mais tarde casou-se com Anna e seu casamento durou 15 anos.
O corpo de Euclides foi velado na ABL. O médico e escritor Afrânio Peixoto, que assinou o atestado de óbito, mais tarde ocuparia sua cadeira na Academia.
Principais obras
1884
- CUNHA, Euclides da. Em viagem: folhetim. O Democrata, Rio de Janeiro, 4 abr. 1884.
1887
- A flor do cárcere. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1 (1): 10, nov. 1887.
1888
- A Pátria e a Dinastia. A Província de São Paulo, 22 dez. 1888.
- Críticos. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1(7): 209-213, maio 1888.
- Estâncias. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1 (10): 366, out. 1888.
- Fazendo versos. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1(3): 87-88, jan. 1888.
- Heróis de ontem. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1(8): 227-8, jun. 1888.
- Stella. Revista da Família Acadêmica, Rio de Janeiro, 1(9): 265, jul. 1888.
1889
- Atos e palavras. A Província de São Paulo, 10-12, 15, 16, 18, 23, 24 jan. 1889.
- Da corte. A Província de São Paulo, maio 1889.
- Homens de hoje. A Província de São Paulo, 22 e 28 jun. 1889.
1890
- Divagando. Democracia, Rio de Janeiro, 26 abr. 1890.
- Divagando. Democracia, 24 maio 1890.
- Divagando. Democracia, 2 jun. 1890.
- O ex-imperador. Democracia, 3 mar. 1890.
- Sejamos francos. Democracia, Rio de Janeiro, 18 mar. 1890.
1892
- Da penumbra. O Estado de S. Paulo, 15, 17 e 19 mar. 1892.
- Dia a dia. O Estado de S. Paulo, 29 e 31 mar. 1892.
- Dia a dia. O Estado de S. Paulo, 1-3, 5-8, 10, 13, 17, 20, 24 e 27 abr. 1892.
- Dia a dia. O Estado de S. Paulo, 1, 8, 11, 15, 18 e 22 maio 1892.
- Dia a dia. O Estado de S. Paulo, 5, 12, 22 e 29 jun. 1892.
- Dia a dia. O Estado de S. Paulo, 3 e 6 jul. 1892.
- Instituto Politécnico. O Estado de S. Paulo, 24 maio 1892.
- Instituto Politécnico. O Estado de S. Paulo, 1o. jun. 1892.
1894
- A dinamite. Gazeta de Notícias, Rio de Janeiro, 20 fev. 1894.
1897
- A nossa Vendeia. O Estado de S. Paulo, 14 mar. 1897 e 17 jul. 1897.
- Anchieta. O Estado de S. Paulo, 9 jun. 1897.
- Canudos: diário de uma expedição. O Estado de S. Paulo, 18 e 22-29 ago. 1897.
- Canudos: diário de uma expedição. O Estado de S. Paulo, 1, 3, 9, 12, 14, 21, 26 e 27 set. 1897.
- Canudos: diário de uma expedição. O Estado de S. Paulo, 11-13, 20, 21 e 25 out. 1897.
- Distribuição dos vegetais no Estado de São Paulo. O Estado de S. Paulo, 4 mar. 1897.
- Estudos de higiene: crítica ao livro do mesmo título do Doutor Torquato Tapajós. O Estado de S. Paulo, 4, 9 e 14 maio 1897.
- O Argentaurum. O Estado de S. Paulo, 2 jul. 1897.
- O batalhão de São Paulo. O Estado de S. Paulo, 26 out. 1897.
1898
- O "Brasil mental". O Estado de S. Paulo, 10-12 jul. 1898.
- Excerto de um livro inédito. O Estado de S. Paulo, 19 jan. 1898.
- Fronteira sul do Amazonas. O Estado de S. Paulo, 14 nov. 1898.
1899
- A guerra no sertão [fragmento]. Revista Brasileira, Rio de Janeiro, 19 (92/93): 270-281, ago./set. 1899.
1900
- As secas do Norte. O Estado de S. Paulo, 29, 30 out. 1900 e 1o. nov. 1900.
- O IV Centenário do Brasil. O Rio Pardo, São José do Rio Pardo, 6 maio 1900.
1901
- O Brasil no século XIX. O Estado de S. Paulo, 31 jan. 1901.
1902
- Os Sertões: campanha de Canudos. Rio de Janeiro: Laemmert, 1902. vii + 632 p. il.
- Ao longo de uma estrada. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 jan. 1902.
- Olhemos para os sertões. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 18 e 19 mar. 1902.
1903
- Os Sertões: campanha de Canudos. 2. ed. rev. Rio de Janeiro: Laemmert, 1903. vii + 618 p. il.
- Viajando… O Estado de S. Paulo, São Paulo, 8 set. 1903.
- À margem de um livro. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 6 e 7 nov. 1903.
- Os batedores da Inconfidência. O Estado de S. Paulo, São Paulo, 21 abr. 1903.
- Posse no Instituto Histórico. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 66 (2): 288-93, 1903.
1904
- A arcádia da Alemanha. O Estado de S. Paulo, 6 ago. 1904.
- Civilização. O Estado de S. Paulo, 10 jul. 1904.
- Conflito inevitável. O Estado de S. Paulo, 14 maio 1904.
- Contra os caucheiros. O Estado de S. Paulo, 22 maio 1904.
- Entre as ruínas. O Paiz, Rio de Janeiro, 15 ago. 1904.
- Entre o Madeira e o Javari. O Estado de S. Paulo, 29 maio 1904.
- Heróis e bandidos. O Paiz, Rio de Janeiro, 11, jun. 1904.
- O marechal de ferro. O Estado de S. Paulo, 29 jun. 1904.
- Um velho problema. O Estado de S. Paulo, 1o. maio 1904.
- Uma comédia histórica. O Estado de S. Paulo, 25 jun. 1904.
- Vida das estátuas. O Paiz, Rio de Janeiro, 21 jul. 1904.
1905
- Os Sertões: campanha de Canudos. 3. ed. rev. Rio de Janeiro: Laemmert, 1905, vii + 618 p. il.
- Rio abandonado: o Purus. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 68 (2): 337-89, 1905.
- Os trabalhos da Comissão Brasileira de Reconhecimento do Alto Purus [Entrevista]. Jornal do Commercio, Manaus, 29 out. 1905.
1906
- Relatório da Comissão Mista Brasileiro-Peruana de Reconhecimento do Alto Purus: 1904-1905. notas do comissariado brasileiro. Rio de Janeiro: Ministério das Relações Exteriores, 1906. 76 p. mapas.
- Da Independência à República. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, 69 (2): 7-71, 1906.
- Os nossos "autógrafos". Renascença, Rio de Janeiro, 3 (34): 276, dez. 1906.
1907
- Contrastes e confrontos. Pref. José Pereira de Sampaio (Bruno). Porto: Empresa Literária e Tpográfica, 1907. 257 p.
- Contrastes e confrontos. 2. ed. ampliada. Estudo de Araripe Júnior. Porto: Empresa Literária e Tipográfica, 1907. 384 p. il.
- Peru 'versus' Bolívia. Rio de Janeiro: Jornal do Commercio, 1907. 201 p. il.
- Castro Alves e seu tempo. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 3 dez. 1907.
- Entre os seringais. Kosmos, Rio de Janeiro, 3 (1), jan. 1906.
- O valor de um símbolo. O Estado de S. Paulo, 23 dez. 1907.
1908
- La cuestión de limites entre Bolívia y el Peru. trad. Eliosoro Vilazón. Buenos Aires: Cia Sud-Americana de Billetes de Banco, 1908.
- Martín Garcia. Buenos Aires: Cori Hermanos, 1908. 113 p.
- Numa volta do passado. Kosmos, Rio de Janeiro, 5 (10), out. 1908.
- Parecer acerca dos trabalhos do Sr. Fernando A. Gorette. Revista do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, Rio de Janeiro, 71 (2): 540-543, 1908.
- A última visita. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 30 set. e 1o. out. 1908.
1909
- Amazônia. Revista Americana, Rio de Janeiro, 1 (2): 178-188, nov. 1909.
- A verdade e o erro: prova escrita do concurso de lógica do Ginásio Nacional [17 maio 1909]. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 2 jun. 1909.
- Um atlas do Brasil: último trabalho do Dr. Euclides da Cunha. Jornal do Commercio, Rio de Janeiro, 29 ago. 1909.
Obras póstumas
- À margem da história. Porto: Chardron, Lello, 1909. 390 p. il.
1975
- Caderneta de campo. Introd., notas e coment. por Olímpio de Souza Andrade. São Paulo, Cultrix; Brasília, INL, 1975. xxxii, 197 p. il.
- Canudos: diário de uma expedição. Introd. de Gilberto Freyre. Rio de Janeiro: José Olympio, 1939. xxv, 186 p. il.
- Ondas. Coleção de poesias escritas por Euclides da Cunha em 1883, publicadas em 1966, na "Obra Completa de Euclides da Cunha", pela Editora Aguilar, e em volume autônomo em 2005, pela Editora Martin Claret, com prefácio de Márcio José Lauria.
Faleceu no Rio de Janeiro, em 15 de agosto de 1909.
Fonte: Wikipedia
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