Biografia dos Patronos: Alberto de Oliveira


Antônio Mariano de Oliveira (Saquarema, 28 de abril de 1857), mais conhecido pelo pseudônimo Alberto de Oliveira, foi um poeta, professor e farmacêutico brasileiro. Figura como líder do Parnasianismo brasileiro, na famosa tríade Alberto de Oliveira, Raimundo Correia e Olavo Bilac.

Foi secretário estadual de educação, membro honorário da Academia de Ciências de Lisboa e imortal fundador da Academia Brasileira de Letras. Adotou o nome literário Alberto de Oliveira no livro de estréia, após várias modificações dispersas nos jornais.

Seu pai, mestre-de-obras, transferiu residência para o município de Itaboraí, onde construiu o teatro. De origem humilde, Antônio foi, seguindo o irmão mais velho, à capital da província, trabalhar como vendedor. Ambos moravam num barracão aos fundos da casa comercial do Sr. Pinto Moreira, em Niterói, vizinhos do pintor Antônio Parreiras, ainda anônimo, com 17 anos, que lembra, ancião, o contato com o "moço" "de andar firme e compassado".

Diplomou-se em Magistério e Farmácia, cursando Medicina (vindo a conhecer Olavo Bilac), até o terceiro ano, mediante grande esforço pessoal, o que lhe rendeu emprego na Drogaria do "Velho Granado". Também abriu um colégio em Niterói.

Após a glória literária, destacou-se na política como Oficial de Gabinete do primeiro Presidente de Estado/RJ eleito José Thomaz da Porciúncula (1892-1894), do Partido Republicano Fluminense, marcadamente prudentista (democrático) e antiflorianista (antitotalitário), com a pasta de Diretor Geral da Instrução Pública do Rio de Janeiro, equivalente ao atual Secretário de Estado de Educação. Durante a tranferência da Capital do Estado de Niterói para Petrópolis (1894), devido às insurreições e revoltas pró e contra a Proclamação da República, permaneceu na Cidade Imperial Serrana, já que a excelência de seu trabalho o manteve no cargo durante o mandato de Joaquim Maurício de Abreu (1894-1897). Foi Professor de Português e Literatura no Colégio Pio-Americano (1905) e na Escola Dramática e Escola Normal (1914), dirigida por Coelho Neto.
Principais obras
  •     Canções Românticas. Rio de Janeiro: Gazeta de Notícias, 1878.
  •     Meridionais. Rio de Janeiro: Gazeta de Notícias, 1884.
  •     Sonetos e Poemas. Rio de Janeiro: Moreira Maximino, 1885.
  •     Relatório do Diretor da Instrução do Estado do Rio de Janeiro: Assembléia Legislativa, 1893.
  •     Versos e Rimas. Rio de Janeiro: Etoile du Sud, 1895.
  •     Relatório do Diretor Geral da Instrução Pública: Secretaria dos Negócios do Interior, 1895.
  •     Poesias (edição definitiva). Rio de Janeiro: Garnier, 1900. (com juízos críticos de Machado de Assis, Araripe Júnior e Afonso Celso)
  •     Poesias, 2ª série. Rio de Janeiro: Garnier, 1905.
  •     Páginas de Ouro da Poesia Brasileira. Rio de Janeiro: Garnier, 1911.
  •     Poesias, 1ª série (edição melhorada). Rio de Janeiro: Garnier, 1912.
  •     Poesias, 2ª série (segunda edição). Rio de Janeiro: Garnier, 1912.
  •     Poesias, 3ª série Rio de Janeiro: F. Alves, 1913.
  •     Céu, Terra e Mar. Rio de Janeiro: F. Alves, 1914.
  •     O Culto da Forma na Poesia Brasileira. São Paulo: Levi, 1916.
  •     Ramo de Árvore. Rio de Janeiro: Anuário do Brasil, 1922.
  •     Poesias, 4ª série. Rio de Janeiro: F. Alves, 1927.
  •     Os Cem Melhores Sonetos Brasileiros. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 1932.
  •     Poesias Escolhidas. Rio de Janeiro: Civ. Bras. 1933.
  •     Póstuma. Rio de Janeiro: Academia Brasileira de Letras, 1944.
Faleceu em Niterói em 19 de Janeiro de 1937
Fonte: Wikipédia

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