Fundada em 22 de junho de
1947, a Academia Friburguense de Letras foi idealizada por
duas figuras atuantes do setor cultural da época: Messias de Moraes
Teixeira e Rudá Brandão de Azambuja. A eles juntaram-se outros
respeitados intelectuais daquele período para criar a associação, que
hoje é uma referência na cidade.
Desde a primeira reunião, realizada
ao ar livre, em plena Praça 15 de Novembro (atual Getúlio Vargas), até
os dias de hoje, a Academia vem cumprindo com a proposta de incentivar a
atividade literária, educativa e cultural da cidade. Também conhecida
como a Casa de Julio Salusse, a entidade reúne atualmente cerca de 40
membros. São escritores, poetas, jornalistas, professores e
profissionais liberais do município que emprestam seu talento às
reuniões e eventos promovidos na casa.
O prédio onde funciona a Academia, inaugurado em 16 de maio de 1962, foi idealizado pelo então presidente do sodalício, Juvenal Marques e o prefeito de Nova Friburgo, Dr. Amâncio Mário de Azevedo, que, respectivamente, dão nome ao Salão Nobre e à Biblioteca da Academia. Eram diretores da Academia Friburguense de Letas, na ocasião:
Juvenal Marques - Presidente
Messias de Moraes Teixeira - 1º Vice-Presidente
José Côrtes Coutinho - 2º Vice-Presidente
José Côrtes Coutinho - 2º Vice-Presidente
Augusto de Lima Brandão - 1º Secretário
Nelson Kemp - 2º Tesoureiro
Décio Monteiro Soares - Bibliotecário
Daniel de Carvalho - Diretor da Revista
José Baptista dos Santos - Procurador
Membros do Conselho Fiscal
Afonso Freire
Moacyr Navarro Gonzaga
Brasão e Lema
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Brasão da Academia Friburguense de Letras, entalhado na mesa do Salão Nobre Juvenal Marques |
O brasão da Academia Friburguense de Letras consta de um livro sobre um fundo azul, com a inscrição: “Cultuar a arte é sublimar o espírito”, lema de autoria de Rudá Brandão de Azambuja, um dos fundadores da instituição, conforme registrado em ata.
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Salão Nobre Juvenal Marques |
Patrono da Academia Friburguense de Letras
Júlio
Salusse é o patrono da Academia Friburguense de Letras, órgão literário
brasileiro localizado em Nova Friburgo. Os cisnes representam junto ao brasão com a inscrição do lema da
instituição, um dos símbolos da academia. O poeta também dá nome a uma
escola da rede estadual de ensino em Nova Friburgo.
A seguir, o poema de Salusse:
Cisnes
A vida, manso lago azul algumas
Vezes, algumas vezes mar fremente,
Tem sido para nós constantemente
Um lago azul, sem ondas sem espumas!
Sobre ele, quando, desfazendo as brumas
Matinaes, rompe um sol vermelho e quente,
Nós dois vagamos indolentemente,
Como dois cisnes de alvacentas plumas!
Um dia um cisne morrerá, por certo:
Quando chegar esse momento incerto,
No lago, onde talvez a agua se tisne,
Que o cisne vivo, cheio de saudade,
Nunca mais cante, nem sósinho nade,
Nem nade nunca ao lado de outro cisne...
Detalhe da dedicatória abaixo do poema
Como és colecionador de autógrafos, resolvi pedir ao Salusse este "Cisnes" para te dar. Assim, poderás gabar de ter um autógrafo do famigerado soneto que hoje, corre quanto em todos os idiomas.
Dependências da Academia Friburguense de Letras
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Sala de Reuniões e Biblioteca |
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Galeria dos Presidentes (detalhe sobre o balcão de dois cisnes em porcelana,símbolos da Casa de Salusse) |
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Biblioteca Amâncio de Azevedo |
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Cisnes |
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Jubileu de Ouro da Academia Friburguense de Letras, comemorado em 22 de junho de 1997 |
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Sexagésimo aniversário da Academia Friburguense de Letras, comemorado em 22 de junho de 2007 |
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Inauguração do prédio da Academia Friburguense de Letras |
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Homenagem a Aurélio de Lyra Tavares, quinto ocupante da Cadeira 20 da Academia Brasileira de Letras, eleito em 23 de abril de 1970, na sucessão de Múcio Leão |
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