tag:blogger.com,1999:blog-45323001746578092172024-03-12T20:46:15.060-03:00Academia Friburguense de LetrasFundada em 1947, a Academia Friburguense de Letras, também conhecida como Casa de Julio Salusse, reúne atualmente cerca de 40 membros. São escritores, poetas, jornalistas, professores e profissionais liberais do município que emprestam seu talento às reuniões e eventos promovidos na casa.Academia Friburguense de Letrashttp://www.blogger.com/profile/03852407145553450315noreply@blogger.comBlogger224125tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-22415813990055181102023-09-29T13:37:00.001-03:002023-09-29T13:43:57.594-03:00Oficina Literária "Histórias Serranas" acontece em Nova Friburgo em outubro <p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1-srGS4i8iYnTz9ahqR0It5xcsZHRCIbcyDzJFr9ZVzOWQK6UIss0gcg8-96UoZRxwRWgKrBNMQ0SjLaoY4wq4iJewysUiGgRpYQwiuSHc5oQoo5ze5hu1ojHo9izPVKM2W8oX7KX4ZkXwLhYwFYbu-B8QO5BfCtzcLcHoPipWJ_Xf0KtkH5auk4Hd3o/s1404/Foto%20Arnaldo%20Luis%20Miranda%20-%20escritor%20e%20compositor.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1368" data-original-width="1404" height="390" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj1-srGS4i8iYnTz9ahqR0It5xcsZHRCIbcyDzJFr9ZVzOWQK6UIss0gcg8-96UoZRxwRWgKrBNMQ0SjLaoY4wq4iJewysUiGgRpYQwiuSHc5oQoo5ze5hu1ojHo9izPVKM2W8oX7KX4ZkXwLhYwFYbu-B8QO5BfCtzcLcHoPipWJ_Xf0KtkH5auk4Hd3o/w400-h390/Foto%20Arnaldo%20Luis%20Miranda%20-%20escritor%20e%20compositor.jpg" width="400" /></a></div><br /><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: center;"><i><b>Inscrições são gratuitas e estão abertas até o dia 10</b></i></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><span>A </span><span><b>Oficina Literária Histórias Serranas – Edição Nova Friburgo 2023</b></span><span>, está com inscrições abertas e gratuitas até o dia 10 de outubro. O objetivo da Oficina é estimular a reflexão sobre o poder transformador da escrita, promovendo o autoconhecimento e a construção de um pensamento lógico. As aulas terão início no dia 16 de outubro e terá duração de duas semanas – sempre de segunda a quinta-feira – das 18h30 às 21h30, no auditório da Academia Friburguense de Letras (AFL) - Praça Presidente Getúlio Vargas, 57, Centro. </span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">A edição 2023 da Oficina Literária Histórias Serranas vai oferecer 35 vagas – 15 para interessados em apresentar por escritos ‘causos’ e episódios verídicos de suas comunidades e 20 vagas para ouvintes (que poderão mudar de categoria no final da primeira semana). As vagas serão distribuídas por ordem de inscrição, com prioridade para professores da rede de ensino de Nova Friburgo e também para outros profissionais e moradores do município.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">O evento também está aberto para adolescentes que devem ser acompanhados pelos pais ou responsáveis para participarem da Oficina.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Os trabalhos produzidos pelos alunos da Oficina Literária serão lidos e comentados pelo grupo durante o curso e ao final, dois trabalhos na categoria ‘causos’ e dois na categoria ‘episódios verídicos’ serão selecionados para apresentação de fim de curso e reunidos no livro ‘Histórias Serranas’, da Girlam Editores. O evento de encerramento da Oficina Literária será realizado no dia 26 de outubro, a partir das 19h30, no auditório da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Nova Friburgo, para convidados.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Organizada pelo escritor e compositor Arnaldo Luis Miranda, a Oficina Literária vai encorajar os participantes a traduzir essas reflexões em relatos que não apenas povoam a memória individual, mas também enriquecem o imaginário da comunidade. “Acreditamos que cada história pessoal contém aspectos que podem tocar e inspirar os outros. Ao compartilharmos nossas experiências por meio da escrita, criamos uma rede de compreensão e empatia. Cada pessoa tem seu modo pessoal de contar uma história”, disse Miranda.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><b>Oficina tem origem em romance com ‘causos’ da Região Serrana</b></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">A oficina tem origem no trabalho do escritor e compositor Arnaldo Luis Miranda, o romance musicado ‘A lenda do senhor de Los Sueños – uma fábula provinciana em tons quase épicos’, coleção de seis volumes que conta a história de um velho poeta e andarilho cantador, conhecido por D. Qx de Los Sueños. O personagem perambula por diferentes paisagens da Região Serrana até desaparecer misteriosamente na cabeceira do rio Macaé, deixando para trás um rastro de narrativas fabulosas e desencontradas que o transformam em uma verdadeira lenda para o povo simples dos lugares por onde passou.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">A criação da Oficina Literária visa recolher narrativas dos diferentes municípios serranos que possam, eventualmente, ser aproveitadas pelo autor, a fim de que o romance – atualmente em fase de revisão – “Apresente aos leitores variados aspectos das belezas humanas e naturais da região, bem como estimular o exercício da escrita e fazer o registro de acontecimentos marcantes que perduram na memória oral da comunidade, valorizando sua história e a importância de que seja difundida junto às novas gerações”.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">A oficina, promovida pela Cia do Ar - Ações em Cultura, conta com os recursos da Lei Aldir Blanc e tem o apoio da Secretaria de Cultura da Prefeitura Municipal de Nova Friburgo, Academia Friburguense de Letras (AFL), Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) e Frigodário.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">A ideia é que a Oficina se espalhe para outras cidades da Região Serrana. Os interessados podem entrar em contato e obter mais informações em www.alenda.art.br , pelo e-mail comunicacao@ciadoar.art.br ou pelo telefone (22) 3066-4606.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><b>Sobre o autor</b></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Conhecido como ‘velho e poluído’ AR, o poeta e dramaturgo Arnaldo Luis Miranda, assina o romance ‘A lenda do senhor de Los Sueños – Uma fábula provinciana em tons quase épicos’ sob o pseudônimo de A.L. Berbert Miranda, em homenagem a sua mãe, Lilia Berbert de Miranda, e aos antepassados germânicos de Erzhausen, na região de Hessen.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">O escritor é formado em Sociologia e Política pela PUC/RJ, com especialização em História da Filosofia Moderna e Contemporânea pela UERJ. Foi premiado duas vezes no V Concurso Universitário de Dramaturgia do Serviço Nacional de Teatro, com as peças ‘A Ópera Operária’ (1978) e ‘A Fantasia dos Infelizes’ (1983). Em 1985 lançou seu primeiro livro de poemas “Barreiras alfandegárias para sonhos comuns ", com apresentação do professor Antonio Houaiss.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Como dramaturgo foi indicado ao Prêmio Mambembe por ‘Heg&Heg’, que recebeu o Prêmio Ministério da Cultura (1987) como um dos cinco melhores espetáculos infantis dos anos 1980. Em 1997 fundou a ‘Cia do Ar - Ações em Cultura’, sua casa de criação. Já publicou mais de 20 títulos que reúnem poesia, prosa e teatro.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Foi Secretário-Geral da SBAT – Sociedade Brasileira de Autores Teatrais e membro do Conselho Municipal de Cultura de Nova Friburgo. Como cantor, compositor e produtor fonográfico, lançou 14 álbuns autorais e já trabalhou com instrumentistas de todo o Brasil como os maestros Cristovão Bastos e Jaques Morelembaum, entre outros.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Atualmente dedica-se à revisão do romance musicado ‘A lenda do senhor de Los Sueños – Uma fábula provinciana em tons quase épicos’, com lançamento previsto para 2025, nos 420 anos da publicação de Dom Quixote, herói cervantino ao qual o protagonista dessa fábula está intimamente associado.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><span> </span><span><u>SERVIÇO:</u></span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;"><b>Oficina Literária Histórias Serranas - Edição Nova Friburgo 2023</b></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div>
<div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Inscrições gratuitas até 10 de outubro</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Pelo telefone: (22) 3066-4606, e-mail comunicacao@ciadoar.art.br ou pelo site www.alenda.art.br;</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Início das aulas: 16 de outubro, duração duas semanas</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Horário: das 18h30 às 21h30</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span style="font-size: 15px;"><div style="text-align: justify;">Local: Academia Friburguense de Letras - Praça Presidente Getúlio Vargas, 57 - Centro - Nova Friburgo.</div></span><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230929_134242_295.sdocx--></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-49206596756063985982023-09-20T19:34:00.006-03:002023-09-20T19:34:54.351-03:00Oficina de contação de histórias "Espirais" será promovida em outubro <p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAhwEigoo_Qig1fL8X0RRcQ4rj1-79guvNyhnTE0v909Rnqtnviv1rICkn3zyUezHpurcS3i5_Re-bITM6s0WDwjFDEjhs3M4RhduKCCX5UIjM1Edi4F99t6ZuPGO8iMT0KFd3h6GGpCI4fe9xQGy4EEEuPYIq6UB0qJgJ_GBEBEQDVUBcp8OWMf541y4/s1080/IMG-20230917-WA0006(1).jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiAhwEigoo_Qig1fL8X0RRcQ4rj1-79guvNyhnTE0v909Rnqtnviv1rICkn3zyUezHpurcS3i5_Re-bITM6s0WDwjFDEjhs3M4RhduKCCX5UIjM1Edi4F99t6ZuPGO8iMT0KFd3h6GGpCI4fe9xQGy4EEEuPYIq6UB0qJgJ_GBEBEQDVUBcp8OWMf541y4/w400-h400/IMG-20230917-WA0006(1).jpg" width="400" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A oficina "Espirais - uma oficina de ler, criar e contar" é um projeto da Academia Friburguense de Letras, de aperfeiçoamento de leitura, criação e enriquecimento da arte de </span><span style="font-family: verdana; font-size: large;">contar histórias.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A oficineira será a acadêmica Marisa Maia, contadora de histórias com trinta anos de experiência c</span><span style="font-family: verdana; font-size: large;">om formação de leitores e mediação de leitura.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A oficina será gratuita com certificado e material já incluído. O público alvo são os</span><span style="font-family: verdana; font-size: large;"> educadores, estudantes do magistério, narradores, e todos que tenham interesse em contar histórias (a partir de 14 anos).</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">"Espirais" acontece nos dias 7 e 21 de outubro (sábados), das 14h às 17h30min, n</span><span style="font-family: verdana; font-size: large;">a Academia Friburguense de Letras, Praça Getúlio Vargas, 57.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Os interessados podem</span><span style="font-family: verdana; font-size: large;"> se inscrever através do formulário, com o link a seguir:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://forms.gle/JF9on9RmYvHRbZXa6">https://forms.gle/JF9on9RmYvHRbZXa6</a></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-4364782892997761922023-09-14T16:20:00.008-03:002023-09-17T09:49:41.757-03:00Academia Friburguense de Letras promove oficina de microcontos<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYH8baSgMMdgU5T7P7zuhsyd7pM-AiK31DRnaf5tkbvckTP-OBxpct1MQ75jcZaTjO0ywj7v_nzCNfBBd7LCIS9H9XligfDYPErXYQxgMpF3tLbEWECaXfRy1BJoieAyXPrCeg0e7u250-U7QHstoeFff-aUEZOJ1UTRsxVxN_8CuizHraU58Wf0wF7ls/s1537/Chamada%20Oficina%20Escrevendo%20Microcontos%20-%20AFL.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1537" data-original-width="946" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjYH8baSgMMdgU5T7P7zuhsyd7pM-AiK31DRnaf5tkbvckTP-OBxpct1MQ75jcZaTjO0ywj7v_nzCNfBBd7LCIS9H9XligfDYPErXYQxgMpF3tLbEWECaXfRy1BJoieAyXPrCeg0e7u250-U7QHstoeFff-aUEZOJ1UTRsxVxN_8CuizHraU58Wf0wF7ls/w246-h400/Chamada%20Oficina%20Escrevendo%20Microcontos%20-%20AFL.jpg" width="246" /></a></span></div><p></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="color: #050505;">Estamos vivendo no tempo breve, no espaço breve. Não há quase
tempo para pensar, para dizer, para fazer. Daí a tendência minimalista que, na
Literatura, se caracteriza pela produção de textos cada vez menores, entre eles
o microconto. Trata-se de uma forma breve de narrativa, em que devem constar
personagem, conflito e clímax. Além disso, deve provocar emoção no leitor.</span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Nos
dias 25/09, 30/10 e 27/11, a Academia Friburguense de Letras irá oferecer a
oficina presencial<span style="mso-spacerun: yes;"> </span>“Escrevendo
Microcontos”, com a acadêmica Catherine Beltrão. A oficina consta de duas
partes: <o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">a)
parte teórica: a definição do microconto, os elementos do microconto, a
diferença entre microcontos, aforismos e pensamentos, a emoção no microconto e
o leitor como coautor do texto.<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">b)
parte prática: elaboração de microcontos, com os temas humor, suspense, poesia
e fantasia.</span><span style="font-family: verdana; text-align: right;"> </span></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Horário:
17h - 19h<o:p></o:p></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Local:
Sede da Academia Friburguense de Letras, à Praça Getúlio Vargas, 57 – Centro –
Nova Friburgo.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span>Link para inscrição: <a href="https://bit.ly/InscricaoTurma25setembro">https://bit.ly/InscricaoTurma25setembro</a></span><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230917_094934_717.sdocx--></span></p>
<p class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-justify: inter-ideograph;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="color: #050505;">Catherine Beltrão é escritora, tendo publicado mais de vinte
livros, entre impressos e digitais, solos e antologias. É autora bestseller da
Amazon, com o livro de microcontos “A brevidade das coisas” e, além de diretora
cultural da Academia Friburguense de Letras, é presidente do Instituto Edith
Blin.</span></span></p>
<!--EndFragment-->Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-53135013470772073262023-09-12T13:55:00.002-03:002023-09-12T13:55:42.609-03:00Coletânea "60 piscadelas" será lançada em 14 de setembro <p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuDt27zhxPkFjkyDUV-Qid6dsYYeBip7aMnl3yHLePZGSf-HTrASJszPSxbBlzpvxkI8Ems2uKa99LkoDuj135YPmn-A9JZuzI_CjmwLuCem4XFb3_UWw8IAqRwEYBzdb4m951sK4FZXuvCEAOlWJ9inH7eJuA52CkX_VllOIizY7ryrxFZOvefOPj-cI/s1280/IMG-20230908-WA0032.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1280" data-original-width="1280" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuDt27zhxPkFjkyDUV-Qid6dsYYeBip7aMnl3yHLePZGSf-HTrASJszPSxbBlzpvxkI8Ems2uKa99LkoDuj135YPmn-A9JZuzI_CjmwLuCem4XFb3_UWw8IAqRwEYBzdb4m951sK4FZXuvCEAOlWJ9inH7eJuA52CkX_VllOIizY7ryrxFZOvefOPj-cI/w400-h400/IMG-20230908-WA0032.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">No próximo dia 14 de setembro, quinta-feira, às 17h, dois eventos simultâneos irão ocorrer no espaço Café da Usina Cultural Energisa: o lançamento do livro de microcontos "60 Piscadelas" e a inauguração da exposição, também intitulada "60 Piscadelas"! A maioria dos doze autores do livro estará presente para conversar e autografar o livro, incluindo os acadêmicos Catherine Beltrão e Robério José Canto.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O Espaço Café da Energisa fica na Praça Getúlio Vargas, 55 - Centro-Nova Friburgo.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-51459553094562971432023-08-30T06:00:00.004-03:002023-08-31T20:24:48.436-03:00Tereza Malcher fala sobre os critérios para avaliar o livro de Literatura Infantojuvenil no ciclo de palestras da Academia Friburguense de Letras<p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNL976xu3PiIKKZsG-5xDxcXIj5d212WU31sVue6qWgBe91ESd9aK0XRa-NcY0bP2QvJmckmAyDBBEB4-QSn0l0For7WXEECe4JxJGtBwQGUNr-PpWW3P3S45f5On3hMktKMqBIrpQtRhUdw7Y7Fy635I5y8hbA7RLmDzz5M7Y745wG0uwnqGtn4mRkWY/s1024/IMG-20230829-WA0010.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="586" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjNL976xu3PiIKKZsG-5xDxcXIj5d212WU31sVue6qWgBe91ESd9aK0XRa-NcY0bP2QvJmckmAyDBBEB4-QSn0l0For7WXEECe4JxJGtBwQGUNr-PpWW3P3S45f5On3hMktKMqBIrpQtRhUdw7Y7Fy635I5y8hbA7RLmDzz5M7Y745wG0uwnqGtn4mRkWY/w229-h400/IMG-20230829-WA0010.jpg" width="229" /></a></div><p></p><p></p><p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O ciclo de palestras "Os Desafios da Literatura Infantil", da Academia Friburguense de Letras conta com a participação de acadêmicos e palestrantes convidados, que irão refletir sobre o leitor e o fazer literário para crianças e jovens. </span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span><div style="text-align: justify;">Nesta quinta feira, a fala é da acadêmica Tereza Malcher Campitelli, também coordenadora do projeto.</div></span><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230831_202024_305.sdocx--></span><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">As palestras serão online, por meio da plataforma Zoom.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tópico: AVALIAÇÃO DO LIVRO LITERATURA INFANTOJUVENIL</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Hora: 31 ago. 2023, 19h30min</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://us02web.zoom.us/j/85388010636?pwd=RmYzMzhkbmZ4RGZ6V2hxeXVTcUF1Zz09">https://us02web.zoom.us/j/85388010636?pwd=RmYzMzhkbmZ4RGZ6V2hxeXVTcUF1Zz09</a></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">ID da reunião: 853 8801 0636</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Senha de acesso: 629223</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-4436362097682784212023-08-29T17:00:00.002-03:002023-09-03T11:44:32.916-03:00Alunos da ECM Vale de Luz visitam a Academia Friburguense de Letras<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipWAhW9vBFgelRRaITb-6w5zDPT7djZObEpL5afto4Mta-Z9c0E8kaaYBrXFVIrI_xJR7mGS8xu__gc9MCQtUjMNexgZZHmx2d_bmenC7NwUcU3GxHenefZT8NJFkuhtl8lijsnsfJy9_huCURppN63X111h44GzHtwKN1S-s5vwrcPVDEDk6v9kMK4Ys/s4128/20230829_152650.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEipWAhW9vBFgelRRaITb-6w5zDPT7djZObEpL5afto4Mta-Z9c0E8kaaYBrXFVIrI_xJR7mGS8xu__gc9MCQtUjMNexgZZHmx2d_bmenC7NwUcU3GxHenefZT8NJFkuhtl8lijsnsfJy9_huCURppN63X111h44GzHtwKN1S-s5vwrcPVDEDk6v9kMK4Ys/w400-h300/20230829_152650.jpg" width="400" /></a></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Na terça-feira, 29 de agosto, a Academia Friburguense de Letras recebeu em sua sede, os alunos do 4° ano da Escola Comunitária Municipal do Vale de Luz. Estiveram presentes os acadêmicos Alberto Wermelinger, George dos Santos Pacheco e Marisa Maia. Foi uma oportunidade para as crianças conhecerem mais sobre a história da academia, seu patrono e seus símbolos, além de ser um momento agradável de contação de histórias. Ao final, houve sorteio e doação de livros.</span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6NipMEJXUZEj9MTnnI_zRktiwoOcl9a3WWCLPYaLOcaYBJt9vVvsWUxWoKNkXW7C-vowK7UbNhNC8Js5CbvXf0kEFe5S3Q2W0WZo1cBxFRExm0Boe10AxiLRqPLoVc6_s2v6eU79qqpygFrULglf7NWpC1zD9Fy3FfPptbDSy7C-_JkEFn7--dv4XAzw/s4128/20230829_135324.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6NipMEJXUZEj9MTnnI_zRktiwoOcl9a3WWCLPYaLOcaYBJt9vVvsWUxWoKNkXW7C-vowK7UbNhNC8Js5CbvXf0kEFe5S3Q2W0WZo1cBxFRExm0Boe10AxiLRqPLoVc6_s2v6eU79qqpygFrULglf7NWpC1zD9Fy3FfPptbDSy7C-_JkEFn7--dv4XAzw/w400-h300/20230829_135324.jpg" width="400" /></a></div><br /><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span><p></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJnws9kW8spqJV950EQDb-pF5UbI5nuXvax-aIt8wvJEzHcDXsfKlThxRtDHtUwAbtt8ZKI6G1IiLe5Zk68Bq8bntTw8Y1M1n8YNt4ToPFbIAuqPPfbPC9RKdK5UuptaWFQgyoBvH4u6jYiihlchWBN8ADMvOxURBbyET1wKSR-M6FtGitBEmUEM6NrIQ/s4128/20230829_133312.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJnws9kW8spqJV950EQDb-pF5UbI5nuXvax-aIt8wvJEzHcDXsfKlThxRtDHtUwAbtt8ZKI6G1IiLe5Zk68Bq8bntTw8Y1M1n8YNt4ToPFbIAuqPPfbPC9RKdK5UuptaWFQgyoBvH4u6jYiihlchWBN8ADMvOxURBbyET1wKSR-M6FtGitBEmUEM6NrIQ/w400-h300/20230829_133312.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEget-czphPaiIW9hFNv6q77GkhCFnu7PTcCWEDQ4oRWtBewBnYXOkg4jRobbOZ6l_au6sKAfBB8NQgGLY91qEHIa7VsBSfumy7mTsH_OJ_uWa8qdeeXjC_3Z5MgNu6FFscx0NgVua69voH82CswIQ8ulZOLPKl14fxArTEko68rU4dmALrOV5iX8PDRt64/s4128/20230829_143907.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="3096" data-original-width="4128" height="300" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEget-czphPaiIW9hFNv6q77GkhCFnu7PTcCWEDQ4oRWtBewBnYXOkg4jRobbOZ6l_au6sKAfBB8NQgGLY91qEHIa7VsBSfumy7mTsH_OJ_uWa8qdeeXjC_3Z5MgNu6FFscx0NgVua69voH82CswIQ8ulZOLPKl14fxArTEko68rU4dmALrOV5iX8PDRt64/w400-h300/20230829_143907.jpg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Contatos para visitação de escolas poderão ser realizados pelo e-mail <a href="mailto:academiafriburguensedeletras@gmail.com">academiafriburguensedeletras@gmail.com</a>.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-52960123486267232562023-08-24T20:53:00.007-03:002023-08-24T20:55:10.500-03:00Acadêmica Marisa Maia de Mello lança livro na Festa Literária de Madalena<p></p><div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqw3SLAJhi2GmVJDRAI6axQSXMUZk3Bsx6c5c4v3fNwqZ3sFnPpPPy06z2GlOdM-ol6j3HLhonm2g4R1l7BEgk25mL3kl0md_BVW9TxzX5TsMeQRI2l4euMv5vpNfA5U-0q6ZgaGmHHow_IvVHlaEKtd5P8dlSeLMU7xX-4PRsAE3ZR6IXRTbk33mUW3A/s1012/IMG-20230824-WA0059.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1012" data-original-width="1012" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgqw3SLAJhi2GmVJDRAI6axQSXMUZk3Bsx6c5c4v3fNwqZ3sFnPpPPy06z2GlOdM-ol6j3HLhonm2g4R1l7BEgk25mL3kl0md_BVW9TxzX5TsMeQRI2l4euMv5vpNfA5U-0q6ZgaGmHHow_IvVHlaEKtd5P8dlSeLMU7xX-4PRsAE3ZR6IXRTbk33mUW3A/w400-h400/IMG-20230824-WA0059.jpg" width="400" /></span></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Inspirado numa situação real, fala da imaginação fértil dos pequenos e o afeto aos bichinhos de estimação.</span></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;">"Batidas na porta atrapalham a brincadeira do menino... Quem será? Será que vem para brincar ou assustar? Só dá para descobrir quando a porta abrir!"</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"><span>Ilustrado por Estela Louback e estreando o selo "Histórias Viajantes", "Toc, toc" será lançado na 14a edição da Festa Literária de Madalena (Flim) com direito à apresentação musical - arranjo de Yvson Bruno. </span><span>O mais novo livro de Marisa Maia é voltado para crianças pequenas.</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span>O livro poderá ser adquirido pelo link </span><a href="https://loja.uiclap.com/autor/marisa-maia-de-mello/">https://loja.uiclap.com/autor/marisa-maia-de-mello/</a></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;">Preço de lançamento na Flim: 35 reais (e de brinde ganha o cordel "Sapo-boi não voa não"! </div></span></span><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230824_204633_203.sdocx--><p></p><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230824_204258_726.sdocx-->Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-41523171709403491412023-08-24T20:16:00.003-03:002023-08-24T20:16:40.386-03:00Em sua quarta edição, ciclo de palestras da Academia Friburguense de Letras recebe Marisa Maia de Mello <p style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiyqRW7uSEeuM1tF4VG1c1PhcRGM8rp6GMA8jeGGHH7Ko9YKdEjNiqopn6D-qnc-TEnbtrMUJUVkDPp_tSoU7ZzNXHi7b3xa5_188XXb7InepxOwxv8znc6RqqTm13ovrkBxmNmRCHNV5-sMAiQWzy47qRj6DvxmpbCHOz1J-jAO9F6FI1oCY7-UWNdFo/s1024/IMG-20230824-WA0016.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="586" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiiyqRW7uSEeuM1tF4VG1c1PhcRGM8rp6GMA8jeGGHH7Ko9YKdEjNiqopn6D-qnc-TEnbtrMUJUVkDPp_tSoU7ZzNXHi7b3xa5_188XXb7InepxOwxv8znc6RqqTm13ovrkBxmNmRCHNV5-sMAiQWzy47qRj6DvxmpbCHOz1J-jAO9F6FI1oCY7-UWNdFo/w229-h400/IMG-20230824-WA0016.jpg" width="229" /></a></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span><p></p><p style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: justify;">O</span><span style="background-color: white; text-align: justify;"> ciclo de palestras "Os Desafios da Literatura Infantil", da Academia Friburguense de Letras conta com a participação de acadêmicos e palestrantes convidados, que irão refletir sobre o leitor e o fazer literário para crianças e jovens. </span></span></p><p style="text-align: left;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background-color: white; text-align: justify;">Com </span><span style="background-color: white; text-align: justify;">a coordenação da acadêmica Tereza Malcher Campitelli, o</span><span style="background-color: white; text-align: justify;"> projeto recebe em sua quarta edição, a professora, escritora, contadora de histórias e acadêmica Marisa Maia de Mello.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">As palestras serão online, por meio da plataforma Zoom.</span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tópico: O DELEITE: OUVIR, LER E CONTAR</span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Hora: 28 ago. 2023 19h30min</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://us02web.zoom.us/j/83269514159?pwd=WCtrdHR5SFViMFNCNXh4eWJGbDVVQT09">https://us02web.zoom.us/j/83269514159?pwd=WCtrdHR5SFViMFNCNXh4eWJGbDVVQT09</a></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">ID da reunião: 832 6951 4159</span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Senha de acesso: 865168</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-44940070883841346252023-08-21T07:27:00.000-03:002023-08-21T07:27:07.086-03:00Sandra Ronca é a convidada da terceira edição do Ciclo de Palestras da Academia Friburguense de Letras<p><br /></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxuk4Paq-lMkjGtqobw3TdB1THTJdn2nx26StBpLn3k3KlFrd515xZrXxR2SQhZ_wURrEtEYgRi73Zn2gbVfxAAmUvJz14DxAH9xRrCncDXVtgoWSsmdpA3abgUlAQAK1Mop8HO_OsXPjMFTEYXX2-rBd9hopkZFq9xIhefcJY0YlSh81NilMVmrtSINU/s1600/IMG-20230820-WA0003.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="915" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxuk4Paq-lMkjGtqobw3TdB1THTJdn2nx26StBpLn3k3KlFrd515xZrXxR2SQhZ_wURrEtEYgRi73Zn2gbVfxAAmUvJz14DxAH9xRrCncDXVtgoWSsmdpA3abgUlAQAK1Mop8HO_OsXPjMFTEYXX2-rBd9hopkZFq9xIhefcJY0YlSh81NilMVmrtSINU/w229-h400/IMG-20230820-WA0003.jpg" width="229" /></a></div><p></p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span><p></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span>O ciclo de palestras contará com a participação de acadêmicos e palestrantes convidados, que irão refletir sobre o leitor e o fazer literário para crianças e jovens. O Ciclo de Palestras tem </span>a coordenação da acadêmica Tereza Malcher Campitelli.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Na terceira edição, o projeto recebe Sandra Ronca, ilustradora e escritora de Literatura Infantil.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">As palestras serão online, por meio da plataforma Zoom.</span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tópico: COMO AGREGAR VALORES PARA QUEM SE ESCREVE, ATRAVÉS DA ILUSTRAÇÃO? </span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Hora: 21 ago. 2023 19h30min</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><a href="https://us02web.zoom.us/j/82467968725?pwd=Mnp2eGdRbFFsUENXYSs3R0luWW02QT09">https://us02web.zoom.us/j/82467968725?pwd=Mnp2eGdRbFFsUENXYSs3R0luWW02QT09</a></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: large;">ID da reunião: 824 6796 8725</span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Senha de acesso: 151113</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-71462950586106777432023-08-15T12:30:00.003-03:002023-08-15T12:30:25.803-03:00O Ciclo de Palestras da Academia Friburguense de Letras recebe Anna Cláudia Ramos <p style="background-color: white; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWywqDHnh6wapaT2RuV-3YOcMHU_bsM0NjZ027Rtj-pYnRWyHZIUU9NFnqhFjLCPZ0FMKtIGiR7g_17pIVGzNy85jXxArU4oB_I3wIiKllo807osfMaqSGPnUhKuPhOu6H5cT_IjjjrA6Uo43OzpEeNLHL139eBSPQzX4PpFDcRVlCXgKXzzccdevOqec/s1600/IMG-20230812-WA0001.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="914" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiWywqDHnh6wapaT2RuV-3YOcMHU_bsM0NjZ027Rtj-pYnRWyHZIUU9NFnqhFjLCPZ0FMKtIGiR7g_17pIVGzNy85jXxArU4oB_I3wIiKllo807osfMaqSGPnUhKuPhOu6H5cT_IjjjrA6Uo43OzpEeNLHL139eBSPQzX4PpFDcRVlCXgKXzzccdevOqec/w229-h400/IMG-20230812-WA0001.jpg" width="229" /></span></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span><p></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span>O ciclo de palestras contará com a participação de acadêmicos e palestrantes convidados, que irão refletir sobre o leitor e o fazer literário para crianças e jovens. O Ciclo de Palestras tem </span>a coordenação da acadêmica Tereza Malcher Campitelli.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Na segunda edição, o projeto recebe a escritora e mestre em Literatura Anna Cláudia Ramos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">As palestras serão online, por meio da plataforma Zoom.</span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tópico A LINGUAGEM: PARA QUEM SE ESCREVE</span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Hora: 16 ago. 2023, 19h30min</b></span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://us02web.zoom.us/j/81293990619?pwd=cEZzS0NJL0MvWmJxaUhtbXFrUENnUT09">https://us02web.zoom.us/j/81293990619?pwd=cEZzS0NJL0MvWmJxaUhtbXFrUENnUT09</a> </span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">ID da reunião: 812 9399 0619</span></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Senha de acesso: 740631</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-18664926622094635022023-08-08T12:45:00.003-03:002023-08-08T15:58:29.254-03:00A formação do leitor e do cidadão <p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaAxFCiaaSS4f2HcB8CFbcW2vozZ_VnK7Ss2U4uenNYjSvLzwSnKcw0HxKRYrxMywYwc4J5WoN0bGRjZvtshPTEnk2y0GrN6GMbNJFa7di5TKmv6y1Ncoh_AacRxQ3bIRKh1tP7F1cTsHejBDDQ7Xsox6yaRD9sSvokFoyO9VBJoWz7Qfh8QBQnLpWi6s/s1024/IMG-20230805-WA0011.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="585" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjaAxFCiaaSS4f2HcB8CFbcW2vozZ_VnK7Ss2U4uenNYjSvLzwSnKcw0HxKRYrxMywYwc4J5WoN0bGRjZvtshPTEnk2y0GrN6GMbNJFa7di5TKmv6y1Ncoh_AacRxQ3bIRKh1tP7F1cTsHejBDDQ7Xsox6yaRD9sSvokFoyO9VBJoWz7Qfh8QBQnLpWi6s/w229-h400/IMG-20230805-WA0011.jpg" width="229" /></a></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /><span style="text-align: justify;"><br /></span></span><p></p><p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="text-align: justify;">Com a coordenação de Tereza Malcher Campitelli, o</span><span style="text-align: justify;"> ciclo de palestras</span><span style="text-align: justify;"> recebeu em sua primeira edição a professora Márcia Lobosco.</span></span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O projeto contará com a participação de acadêmicos e palestrantes convidados, que irão refletir sobre o leitor e o fazer literário para crianças e jovens. As palestras serão online, por meio da plataforma Zoom.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Confira abaixo a primeira palestra!</span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><iframe allowfullscreen="" class="BLOG_video_class" height="266" src="https://www.youtube.com/embed/ZGNCTgAxiu8" width="320" youtube-src-id="ZGNCTgAxiu8"></iframe></div><br /><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><br /></div><br /><p><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-38623750190842596902023-08-05T13:23:00.003-03:002023-08-05T13:23:56.210-03:00O Ciclo de Palestras da Academia Friburguense de Letras inicia suas atividades com Márcia Lobosco<p style="background-color: white; text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXYh2opetUtKoDzsAIjDE4E6XDrdfL-qDWKWQ9_8i-C9fZ-2bm28Jp46MS2-VexZAO3dGqkmV_W6MFYIkkRyO63rqv5QXA7_WUWBOt8Na40Hp-JslGoGwvSDhOs3jAUiVmpf83f_fGg9f8SQWsrJsrXQdrHyOwd1eHlW_pa0drG8IhlrQt5lIhyOsC-4A/s1024/IMG-20230805-WA0011.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="585" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjXYh2opetUtKoDzsAIjDE4E6XDrdfL-qDWKWQ9_8i-C9fZ-2bm28Jp46MS2-VexZAO3dGqkmV_W6MFYIkkRyO63rqv5QXA7_WUWBOt8Na40Hp-JslGoGwvSDhOs3jAUiVmpf83f_fGg9f8SQWsrJsrXQdrHyOwd1eHlW_pa0drG8IhlrQt5lIhyOsC-4A/w229-h400/IMG-20230805-WA0011.jpg" width="229" /></a></div><br /><p></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O ciclo de palestras contará com a participação de acadêmicos e palestrantes convidados, que irão refletir sobre o leitor e o fazer literário para crianças e jovens.</span></p><p style="background-color: white; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Com a coordenação de Tereza Malcher Campitelli, o projeto recebe em sua primeira edição a professora Márcia Lobosco.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">As palestras serão online, por meio da plataforma Zoom.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tópico: A FORMAÇÃO DO LEITOR E DO CIDADÃO - MÁRCIA LOBOSCO </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>Hora: 7 ago. 2023, 19:30hs</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Entrar na reunião Zoom:</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://us02web.zoom.us/j/85307214247?pwd=d0d2UDZicThFdUJjWkN3eUxqcEhFdz09">https://us02web.zoom.us/j/85307214247?pwd=d0d2UDZicThFdUJjWkN3eUxqcEhFdz09</a> </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">ID da reunião: 853 0721 4247</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Senha de acesso: 028658</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-51166195422291033452023-08-05T12:57:00.002-03:002023-08-05T15:11:59.222-03:00Projetos literários da Academia Friburguense de Letras <h3 style="text-align: center;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb3h_RBdb6o6B6hyVDju7pSPAQgAMfnVMTbMbfluUwmSimrXo4Nlrw0ifIgilp8JTj99iXno30X6Na6knK4jxfisHCH2zn-5_e9gKS6YvLLFsFP2f11hY0NNCrHl9_kXGrx6XieYGK0pLQPPnZyeLIojF3HD_mgElusdLCFTt1HWhlVLJaQnPdeR5RnOE/s400/20221004_214839.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="254" data-original-width="400" height="203" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjb3h_RBdb6o6B6hyVDju7pSPAQgAMfnVMTbMbfluUwmSimrXo4Nlrw0ifIgilp8JTj99iXno30X6Na6knK4jxfisHCH2zn-5_e9gKS6YvLLFsFP2f11hY0NNCrHl9_kXGrx6XieYGK0pLQPPnZyeLIojF3HD_mgElusdLCFTt1HWhlVLJaQnPdeR5RnOE/s320/20221004_214839.jpg" width="320" /></a></div><br /></h3><h3 style="text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">A Academia Friburguense de Letras desenvolve em 2023 uma série de projetos especiais.</span></h3><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;">Como faz todos os anos, em 2023 a Academia está desenvolvendo alguns projetos mais abrangentes, ao mesmo tempo em que dá continuidade às suas atividades habituais. A seguir, relacionamos os principais projetos em andamento, na expectativa de que eles venham a contar com o apoio e a participação da população.</span></p><p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9rPVeTVoce5lH41GkMUXaI-rywpAXHSSvx4AK0_SApcqnehFcg6eRlUtMcm6MMIydhyInbJijLmP3DNVWQ25xLyQR_1WrmU5W5YUb85Upta8oV-kTk8JoCWLqCw5tZ5e9vtAWOWnjFURb90_zO--cpKrR9mmcAvsdMo6dilNq6qGu7nV9kppdkCPPwoU/s1024/IMG-20230805-WA0013.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1024" data-original-width="584" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg9rPVeTVoce5lH41GkMUXaI-rywpAXHSSvx4AK0_SApcqnehFcg6eRlUtMcm6MMIydhyInbJijLmP3DNVWQ25xLyQR_1WrmU5W5YUb85Upta8oV-kTk8JoCWLqCw5tZ5e9vtAWOWnjFURb90_zO--cpKrR9mmcAvsdMo6dilNq6qGu7nV9kppdkCPPwoU/w229-h400/IMG-20230805-WA0013.jpg" width="229" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>1.<span style="white-space: pre;"> </span>CONCURSO LITERÁRIO ESTUDANTIL.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Em parceria com a Secretaria de Educação, convida os alunos da rede municipal de ensino a escreverem sobre o tema “Por que amo Nova Friburgo”. Os dez primeiros colocados receberão prêmios por eles escolhidos no comércio de nossa cidade.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Coordenação: Robério José Canto</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>2.<span style="white-space: pre;"> </span>OS DESAFIOS DA LITERATURA INFANTOJUVENIL.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O ciclo de palestras contará com a participação de acadêmicos e palestrantes convidados, que irão refletir sobre o leitor e o fazer literário para crianças e jovens.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Coordenação: Tereza Malcher Campitelli</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>3.<span style="white-space: pre;"> </span>OFICINA LITERÁRIA “ESCREVENDO MICROCONTOS”.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Por meio de atividades práticas, cada oficina dará ao participante a oportunidade de conhecer e compor micronarrativas: o desafio de contar uma história completa sem ultrapassar um restrito número de caracteres.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Coordenação: Catherine Blin Beltrão</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>4.<span style="white-space: pre;"> </span>OFICINA LER, CRIAR E CONTAR. </b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Esse projeto objetiva oferecer aos participantes a oportunidade de desenvolver seu potencial de leitura, criação e contação de histórias, por meio de atividades variadas e práticas.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Coordenação: Marisa Maia de Mello</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><b>5.<span style="white-space: pre;"> </span>MEMÓRIA POLÍTICA DE NOVA FRIBURGO.</b></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Em entrevistas gravadas em vídeo, serão colhidos depoimentos de friburguenses que têm muitas histórias para contar, revelando aspectos importantes, e às vezes ignorados por grande parte da população, sobre a política em nosso município. </span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">6.<span style="white-space: pre;"> </span>Coordenação: Maria Janaína Botelho</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Todas as atividades são gratuitas.</span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-9193157942655343732023-06-26T11:27:00.001-03:002023-06-26T11:27:45.990-03:00Remendos<p style="text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"> </span></span><span style="font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJYfezmqWjKbIyumaKRz1uUaNb3JAQgieGpikr2aFeiroAKPtGDM_4SLJKrdd762pv46yaWp9TZkVWNUfcY8V8NWuDrhZlkBbOEfILr_e_flixMn4o287YwVVcM_YZww61ovtkcYj4fOKi955OPVWYF5NwOFwCbFNEhHVL8E3xpKEwzuBsszGENMuUR9k/s1300/IMG-20230625-WA0004.jpg" style="font-family: verdana; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="918" data-original-width="1300" height="283" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhJYfezmqWjKbIyumaKRz1uUaNb3JAQgieGpikr2aFeiroAKPtGDM_4SLJKrdd762pv46yaWp9TZkVWNUfcY8V8NWuDrhZlkBbOEfILr_e_flixMn4o287YwVVcM_YZww61ovtkcYj4fOKi955OPVWYF5NwOFwCbFNEhHVL8E3xpKEwzuBsszGENMuUR9k/w400-h283/IMG-20230625-WA0004.jpg" width="400" /></a></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"></span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">Não sou o suficiente para falar de um lugar preto, embora eu tenha uma filha de um relacionamento interracial. Não estou autorizado a existir neste lugar.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">Eu nunca serei o suficiente para falar de um lugar trans e gay apesar da minha cisheteronormatividade que eu não escolhi como desejo, embora eu tenha convivido e amo meu irmão gay, do mesmo pai e da mesma mãe.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">Eu nunca serei suficientemente pobre, embora tenha feito uma carreira subalterna como servidor público. Também sou desautorizado neste lugar do dizer.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">Jamais terei a suficiência para falar de religião e cultura judaico-cristã, embora tivesse uma experiência de pastorado, delírios e contatos sobrenaturais, jamais me autorizaram a falar deste lugar.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">Em tempo algum serei o suficiente para falar de casamento, embora eu tenha casado algumas vezes. Não validaram minhas conjugalidades. Sou um desvalido nesse quesito.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">Eu nunca serei o suficiente para falar em ser amado, já que meus pais fizeram de dois, uma loucura só! Também não sou autorizado a existir neste lugar do enlouquecimento.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">Jamais serei o suficiente em amar, já que não autorizaram meus amores, minhas entregas, meus apaixonamentos. Disseram que era maluquice, doença, pecado ou quaisquer outras palavras fantasiosas. Se ser-se na vida está condenado a não amar, então me condenem, me amarrem no rochedo, me deixem a morrer à míngua, sem água, sem comida, sem mistério.</span></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">É lá nesse buraco e no vazio que encontrei os caquinhos e as lasquinhas de cada insuficiência e desautorização. Cada pedacinho de sobras desvalidas, pude ir aos poucos, construindo um mosaico de mim mesmo fracassado. Caleidoscópio de um Eu eterno desvalido e exilado. No calabouço, pude ser eu mesmo. Um lugar de restos dos Outros, na marginalidade e fragmentado. Se é assim que me faz existir remendado, então sou um não-lugar, um abjeto do amor.</span></span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span></span></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span><span></span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span><span></span></span></span></div><p></p><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2023/05/biografia-dos-academicos-ronald-lopes.html" target="_blank">Ronald Lopes de Oliveira</a></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Cadeira n ° 15, P</span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">atronímica de </span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/01/biografia-dos-patronos-farias-brito.html?m=1" target="_blank">Farias de Brito</a></span><span><span>.</span></span></span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-74461810537622772632023-05-29T08:33:00.000-03:002023-05-29T08:33:14.149-03:00Acadêmico Alberto Wermelinger publica cinco livros durante a pandemia COVID-19<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div style="text-align: center;"><span style="font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5bq-Sv5AzV0UQoU6xICqhexIBQ6ZxFyW2LuUhV7pDOUAc9DUf1bxbpfK1jKvnCp5o7NAJXIaB7ORdzVq--UF6Wrx1vNGBXJxCozUORTU3WQDJncvNVCVQQGyhS-OEe7fXyedct_YHfLhc84q56UbBdVek1DFWWGIIDby4JJzPI7Y_HTIop1tbx24h/s775/Captura%20de%20tela%20de%202023-05-29%2008-15-19.png" style="font-family: verdana; margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="775" data-original-width="564" height="640" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh5bq-Sv5AzV0UQoU6xICqhexIBQ6ZxFyW2LuUhV7pDOUAc9DUf1bxbpfK1jKvnCp5o7NAJXIaB7ORdzVq--UF6Wrx1vNGBXJxCozUORTU3WQDJncvNVCVQQGyhS-OEe7fXyedct_YHfLhc84q56UbBdVek1DFWWGIIDby4JJzPI7Y_HTIop1tbx24h/w466-h640/Captura%20de%20tela%20de%202023-05-29%2008-15-19.png" width="466" /></a><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></div><div><h3 style="text-align: center;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">A série "Legado Suíço" trata de artigos sobre a Suíça ou Confederação
Helvética - história, lendas, acontecimentos, personagens, lugares e
experiências na Suíça.</span></h3><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">O acadêmico Alberto Wermelinger Abib publicou cinco livros durante a pandemia COVID-19. </span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">As restrições impostas pela quarentena impulsionaram o escritor a produzir material </span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">sobre suas experiências na terra dos antepassados, impressões e história, </span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">experiências de
viagens pelos 26 cantões e a abordagem de assuntos que, “en passant”, se
refiram ao movimento migratório suíço de 1819 para fundar e povoar Nova
Friburgo, </span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">publicado em sua página na rede social Facebook.</span></div></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></div><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><i>"A escolha do nome dos livros dessa série recaiu sobre a expressão “Legado Suíço” que, na verdade, é nome de uma página que mantenho na rede social Facebook. São artigos sobre temas relacionados à Suíça. Como há sempre um risco de que, um dia, eu possa vir a perdê-las, a ideia foi colocá-las em papel, na modalidade de livro. E a coisa rendeu bem mais do que eu esperava, de modo que as estórias se sucedem, quase que semanalmente."</i>, esclarece o autor.</span></div><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW38wGMKH87k8GN4xhx-8aBNLQX9qwu9svyz3XEFehDER_Sh3PdlsvjpnyFoksZg-HTyPILbfYS-yM4T6pZx-HvCXa4Bp17Nf_1YXQAF0m_Q2oY8walcWf_CGumEYCcDDcGTdng8qxnTkP9PMz1KA--ZQid2UgwN7KRmIj8oijo9_6Nf8Kekm_Mhck/s881/Captura%20de%20tela%20de%202023-05-29%2007-47-52.png" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="592" data-original-width="881" height="269" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhW38wGMKH87k8GN4xhx-8aBNLQX9qwu9svyz3XEFehDER_Sh3PdlsvjpnyFoksZg-HTyPILbfYS-yM4T6pZx-HvCXa4Bp17Nf_1YXQAF0m_Q2oY8walcWf_CGumEYCcDDcGTdng8qxnTkP9PMz1KA--ZQid2UgwN7KRmIj8oijo9_6Nf8Kekm_Mhck/w400-h269/Captura%20de%20tela%20de%202023-05-29%2007-47-52.png" width="400" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">
Já<i> "Nossos Ancestrais Libaneses"</i> trata sobre a imigração libanesa, contendo quase 500 fotos.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizBg2Wm6pL1srazheLXSYzUo_ldBaKBnmI2oSTMVwxrFuI7IiGhJMKMSZeJKAk2uCSENY5gTh1t8Emi1wZtZUGcnZf2ysZPg7Rvv_joII_pazELg0IVC5yYyaWJvwQOOObjiKyrV9Tq8lkbPOaUhlnSnYv825O75WIijFoAHBB-gJ6rqNufNy8ds2J/s624/IMG-20230528-WA0024.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="624" data-original-width="407" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEizBg2Wm6pL1srazheLXSYzUo_ldBaKBnmI2oSTMVwxrFuI7IiGhJMKMSZeJKAk2uCSENY5gTh1t8Emi1wZtZUGcnZf2ysZPg7Rvv_joII_pazELg0IVC5yYyaWJvwQOOObjiKyrV9Tq8lkbPOaUhlnSnYv825O75WIijFoAHBB-gJ6rqNufNy8ds2J/w261-h400/IMG-20230528-WA0024.jpg" width="261" /></a></span></div><p></p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Os livros podem ser adquiridos direto com o autor. Contato pelo e-mail </span><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="mailto:albertowermelinger@gmail.com">albertowermelinger@gmail.com</a></span></div><div><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></div><div><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/09/alberto-lima-abib-wermelinger-monnerat.html" target="_blank">Alberto Wermelinger</a> ocupa a cadeira </span><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">n ° 34, patronímica de </span><span style="font-family: verdana;"><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com.br/2015/01/biografia-dos-patronos-paulo-setubal.html">Paulo
Setúbal</a>.</span></span><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><br /></span></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-39117464919157935712023-05-19T11:19:00.001-03:002023-05-19T11:19:11.887-03:00O mais-de-gozar do sagrado: Deus ataca bonito, se divertindo, se economiza<p></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: large;"><br /></span></div><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieLUqLqMlXt-cxyfPhVeu0XRTavlVoC91E2wDa1aaFI2DX8AJQQDedgiFFtCI8zOGGXw-Iq03eWeSXKzWoyyX8k_fLvyR6X0cA_fx1NrqVGlaVUYSfn2KlbY5DVDLl5c23PamQt82TTgK6bVLRW8un3jH1f1QV5kDn6OpVhAdUjeNI9HxAJiF-TJ_b/s1414/IMG-20230519-WA0007.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><img border="0" data-original-height="1414" data-original-width="1080" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEieLUqLqMlXt-cxyfPhVeu0XRTavlVoC91E2wDa1aaFI2DX8AJQQDedgiFFtCI8zOGGXw-Iq03eWeSXKzWoyyX8k_fLvyR6X0cA_fx1NrqVGlaVUYSfn2KlbY5DVDLl5c23PamQt82TTgK6bVLRW8un3jH1f1QV5kDn6OpVhAdUjeNI9HxAJiF-TJ_b/w305-h400/IMG-20230519-WA0007.jpg" width="305" /></span></a></div><p></p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"><span>Em Grande Sertão: Veredas de Guimarães Rosa, pululam múltiplas inquietudes. Dentre elas, várias vozes dialogam na complexidade da trama. Auscultá-las tão de perto é arriscado. A revisitação não é inovadora, mas os riscos de encontrar possibilidades que se articulem no bojo da Psicanálise e da Religião são inevitáveis. Rememora uma temática moebiana espinhosa como aquela cena da água espirrada do corpo de Jesus que curou a chaga de </span><span><i>Longuinus</i></span><span>. Assim como os cristianismos se soergueram nos discursos da falta de um corpo morto, o Grande sertão é cheio de entraves. Como certa vez disse Antônio Candido “Cada um poderá abordá-la a seu gosto, conforme o seu fundamental do autor: a absoluta confiança na liberdade de inventar”.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"><span>Liberdade de inventar traduzido por novos ciframentos do já-dito, mas agora com novas roupagens ainda não capturadas. Ao lado dos cristianismos, Grande sertão desdiz a cada nova leitura que não cessa e vai além das próprias representações. Munido de tempo e linguagem tanto Diadorim “minha neblina” como as teologias místicas ensaiam dissipações. É como se no percurso do autoerotismo ao encontro do Grande Outro algo do nosso desejo fosse barrado e produzissem circuitos. Nesse sentido as conversas entre Gianni Vattimo e Jaques Derrida apontaram que a palavra </span><span><i>religio</i></span><span> tem que permanecer intraduzível, já que pronunciar palavras solenes em atos rituais equivalem a </span><span><i>respondere</i></span><span>. Como veremos mais adiante, Riobaldo responde de forma singular como defesa contra o Real utilizando o recurso ao saber que é a própria tentação, referindo-se as atitudes de Deus que ataca, se diverte e não desperdiça os efeitos do Pai REAL.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"><span>São expressões distintivas entrelaçadas em estruturas clínicas que atuam na incidência sob seu próprio recalque originário. Esses entrelaçamentos são os “nós” de Riobaldo que operam nas lógicas de separação e alienação, sempre mediado pela sua fantasia. Nesse mecanismo, não existe encontro direto com o objeto por conta das angústias insuportáveis. Entretanto, é como se o sujeito </span><span><i>homo religiosus</i></span><span>, com referência a Mircea Eliade, buscasse a tentação de burlar esse mecanismo tamponando o objeto de satisfação. Será que as invocações de Riobaldo traduziu os efeitos do Pai REAL suplantando a separação entre o sujeito e o objeto restituindo o seu gozo?</span></div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;">Grande Sertão: Veredas apresenta grandes temas, vaticina personagens mais importantes, menciona os lugares mais significativos, prenuncia o final, reflete sobre o ato de narrar e, em especial, o sentido da vida de Riobaldo. Deparamo-nos com um-caótico que aos poucos se organiza na di-visão. Riobaldo se candidatou a um fóbico que olha até certo ponto diante desta di-visão, produzida pela castração, isto é, uma recusa que deixa uma fresta, uma abertura pela produção dos sintomas via sofrimento que vai tentar limitar o imaginário que aparece rasgado. A presença dos sintomas de Riobaldo sinalizou que o objeto não foi capaz de envelopar a castração, mas se encontrou no mais além da linguagem, como veremos a seguir.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;">Riobaldo conheceu Otacília durante a saída de Guararavacã do Guacuí, quando os jagunços, fugindo dos soldados e querendo vingar-se do Hermógenes, se dirigiam ao encontro de Medeiro Vaz. Nessa antecipação do ocorrido na fazenda Santa Catarina havia a lembrança de Nhorinhã e o trágico final de Diadorim.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;">Explicando as experiencias adquiridas no início de sua jornada, Riobaldo conta para Nonata:</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;">“O senhor... Mire veja! o mais importante e bonito, do mundo, é isto! que as pessoas não estão sempre iguais, ainda não foram terminadas ― mas que elas vão sempre mudando. Afinam ou desafinam. Verdade maior. E o que a vida me ensinou. Isso que me alegra, montão. E, outra coisa! o diabo, é às brutas; mas Deus é traiçoeiro! Ah, uma beleza de traiçoeiro ― dá gosto! A força dele, quando quer ― moço! ― me dá o medo pavor! Deus vem vindo! ninguém não vê. Ele faz é na lei do mansinho ― assim é o milagre. E Deus ataca bonito, se divertindo, se economiza. A pois! um dia, num curtume, a faquinha minha que eu tinha caiu dentro dum tanque, só caldo de casca de curtir, barbatimão, angico, lá sei. ― Amanhã eu tiro... ― falei, comigo. Porque era de noite, luz nenhuma eu não disputava. Ah, então, saiba! no outro dia, cedo, a faca, o ferro dela, estava sido roído, quase por metade, por aquela aguinha escura, toda quieta. Deixei, para mais ver. Estala, espoleta! Sabe o que foi? Pois, nessa mesma da tarde, aí! da faquinha só se achava o cabo... O cabo ― por não ser de frio metal, mas de chifre de galheiro. Aí está! Deus... Bem, o senhor ouviu, o que ouviu sabe, o que sabe me entende...”</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"> </div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;">Riobaldo na sua di-visão de mundo explicou que as pessoas não são iguais porque são sujeitos inacabados por um Deus traiçoeiro. Mas essa traição não é depreciativa ainda que produza um fascínio de “medo pavor”. Ora, Riobaldo açambarcava um valor paradoxal atribuído ao sentido figural lyotardiano em Deus quando percebeu que o líquido no qual caiu sua faquinha corroeu e sobrou apenas um cabo de madeira, já que não era de metal. Faquinha essa investida libidinalmente e, portanto, com perdas de gozo. Portanto, são nesses restos que os sujeitos se fixam, ou seja, são certos encontros com a castração que possibilitam o acesso a um gozo – o fálico. Mas se há uma pregnância desse significante na cultura, então, o gozo fálico é uma satisfação que o sujeito acessa e se engaja nas representações supostamente garantindo certo lugar mais estável possível. Em meio ao sofrimento e desventuras do sertão, Riobaldo se arvorou em algo-a-mais no complexo de seu discurso sobre Deus traduzidos pelo retorno ao Pai REAL, isto é, ele não existe, é anterior a cultura e estava miticamente no recalcamento originário freudiano por suposto detentor do falo. É um mito das origens que inscreve a lei simbólica. Acontecimento que fura e esvazia, portanto, o Pai REAL é o agente da castração que se destina a ser mascarado e prescindiu a natureza do ato da castração. Sua posição impossível pode ser imaginada como um privador e traiçoeiro. Então, o Pai REAL é o efeito da linguagem, ele somente fura e faz (EN)corporação. Se enxugarmos todos os imaginários encontraremos o Pai REAL.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;">Nessas condições, Riobaldo elaborou no pai morto a fundação da alteridade que impediu o UM na sua relação com a faquinha perdida para sempre. Operou um lugar de metáfora possibilitando artifícios significantes para o sujeito se colocar entre ele o outro. Mas isso não se faz sem a pulsão significante como apelo ao Pai REAL, isto é, uma invocação. A fobia de Riobaldo não é a metáfora do pai, porque não se trata da substituição do significante. A faquinha não é uma gambiarra, ela é um vazamento, um retorno ao Pai REAL da sua primeira identificação numa ENcorporação que fundou o simbólico de Riobaldo. Isso significa que faz corpo, um corpo místico por causa do enigma do desejo traduzido na linguagem que se apresentou atacando e se divertindo. Na falta de borda, a fobia de Riobaldo foi uma defesa contra a angústia de ter perdido seu gozo e parando seu transbordamento.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;">Entretanto, na sua relação com o delírio o gozo fálico adquiriu bordas. Algo do Real é descoberto frente à linguagem, indicando insuficiência no tudo dizer. Para sustentar o indizível da linguagem de forma lógica, Lacan pensou essa satisfação que prescinde dessa lógica fálica indo além da cultura, mas que incide sobre ela. É como se algo além se colocasse num fora-dentro da cultura. Riobaldo se referenciou ao sagrado para suportar a perda que estava originalmente investida. Logo, existe “algo-a-mais” que produziu diferença e marcou uma posição. Favoreceu um gozo que prescindiu da norma fálica porque nem todos os sujeitos se posicionam falicamente no mundo, isto é, faz com que o sujeito encontre satisfação num movimento de entrega consentida ao Outro na direção da dessubjetivação. Movimento onde o sagrado retalhou o objeto de caráter erógeno masoquista primordial, isto é, um gozo Outro.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;">Mas o que há “a mais” no gozar? É própria dimensão de satisfação parcial que não tem objeto específico e encontrado a partir dos circuitos pulsionais do corpo. É do corpo do sagrado, necessário em ter uma perda muito grande de satisfação para que se possa entrar numa certa organização do sujeito. Isso que cai enquanto satisfação é o que vai mobilizar o sagrado na constituição do desejo de Riobaldo. Não há renúncia ao gozo que não se pague com um acréscimo, um mais-de-gozar quando Deus ataca bonito, se divertindo, e não desperdiça.</div></span><div style="text-align: justify;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"><span>No campo do </span><span><i>moterialism</i></span><span>, existe uma perda de gozo quando o trabalhador realiza alguma coisa. No seminário 16, Lacan associou seu conceito de mais-de-gozar à mais-valia de Marx. Nesse ponto de seu ensino, o objeto a se constituiu da apropriação da mais-valia, em sua lógica. Na mais-valia, Lacan aplicou no avesso a ideia de mais-de-gozar, de modo a fazê-los homólogos, e não análogos, porque o objeto a e a mais-valia obedecem à mesma lógica. A partir das racionalidades de Oskar Pfister e Wilfred Bion e sob o efeito do discurso do sagrado, será que Riobaldo substituiu o valor de uso da faquinha pela figura de Deus na tentativa de lidar com seu desamparo? Será que Riobaldo divinizou a alteridade escamoteando a falto no Outro? Que falta é essa que precisa ser encoberta num contexto em que o “homem do sertão é antes de tudo um forte” como dizia Euclides da Cunha?</span></div><div style="text-align: justify;"><span><br /></span></div></span></span><div style="text-align: justify;"><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2023/05/biografia-dos-academicos-ronald-lopes.html" target="_blank">Ronald Lopes de Oliveira</a></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Cadeira n ° 15, P</span><span style="font-family: verdana;">atronímica de </span><span style="font-size: large;"><span style="font-family: verdana;"><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/01/biografia-dos-patronos-farias-brito.html?m=1" target="_blank">Farias de Brito</a></span><span style="font-family: verdana;"><span>.</span></span></span></div><div><span style="font-size: large;"><span style="font-family: verdana;"><span><br /></span></span></span></div><div><span style="font-size: large;"><span style="font-family: verdana;"><span>Texto elaborado a partir do Encerramento das atividades do Fórum do Campo Lacaniano de Nova Iguaçu - RJ, Temática da Mesa I: Psicanálise e Religião .</span></span></span></div></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-48035029202017769352023-05-16T11:04:00.002-03:002023-05-16T11:04:17.007-03:00Lenda de Friburgo<p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> <a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1nYvlQPGi_1Egzo_nzU_3Tj_DXdq4Ga-z37BA-p_9SeIy8nkF_p6Vh2RQLwmegD0La4vG6Rn_8CsUoCJvTV7pvSRil9hyphenhyphenteZ2K3WPMVHpIY7IWRmyY1vj2ZYhP7VnSekCbYaW9TDmsXU/s1600/03.jpg" style="clear: left; display: inline !important; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="200" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1nYvlQPGi_1Egzo_nzU_3Tj_DXdq4Ga-z37BA-p_9SeIy8nkF_p6Vh2RQLwmegD0La4vG6Rn_8CsUoCJvTV7pvSRil9hyphenhyphenteZ2K3WPMVHpIY7IWRmyY1vj2ZYhP7VnSekCbYaW9TDmsXU/s640/03.jpg" width="640" /></a></span></p><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br />Conta a História que Deus, supremo e inigualável,<br />quando o Mundo pintou, com divino pincel,<br />sentiu necessidade extrema e inadiável<br />de colocar na Terra um pedaço do Céu.<br /><br />E pensou!... Pensou muito enquanto, imperturbável,<br />via e revia – Justo – o sublime painel.<br />e, por fim, concluiu, com gosto incomparável,<br />que Friburgo seria o retrato fiel.<br /><br />Para levar a termo a gigantesca obra<br />foi-lhe breve semana ainda tempo de sobra,<br />não precisou de ajuda o Operário-Engenheiro.<br /><br />Seis dias trabalhou com todo o ardor e afinco:<br />gastou apenas um para o Universo inteiro,<br />levou, para fazer Friburgo, os outros cinco.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Humberto El-Jaick<br /><br />Humberto El-Jaick (Nova Friburgo, 11 de fevereiro de 1922 - Nova Friburgo, 3 de julho de 1990) foi um advogado, professor, jornalista e escritor brasileiro, um dos fundadores do Partido Socialista Brasileiro (PSB). Era filho de José El-Jaick e de Rachel El-Jaick. Presidiu o Partido Socialista Brasileiro (PSB) em sua cidade natal. Em 1960, ingressou no Partido Trabalhista Brasileiro (PTB), legenda pela qual candidatou-se em 1962 a deputado federal pelo Rio de Janeiro, obtendo apenas uma suplência. Como escritor, teve suas poesias e contos publicados em jornais e revistas, e foi presidente da Academia Friburguense de Letras.</span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-56588615688354673972023-05-11T13:38:00.002-03:002023-05-11T13:38:19.553-03:00As mães têm sempre razão<div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCTGrsUDS7D4ISykPnvqgCkIiaout5hWfub4r7lC3L_7eVJ8PEPiLOKqCxM-lbdp2rY6nl_t_KcJtYNtFvwHfx_TZ8Fht7cUAoC1VR-9U0z21qpwZo4fLMB2i6SR6vGuZiMudHQ_tC26G0JDApvgV8wU5XStc8sZbeoo0CEdl0CKeMqRtG3nW_CTHN/s612/istockphoto-1253920275-612x612.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="408" data-original-width="612" height="266" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCTGrsUDS7D4ISykPnvqgCkIiaout5hWfub4r7lC3L_7eVJ8PEPiLOKqCxM-lbdp2rY6nl_t_KcJtYNtFvwHfx_TZ8Fht7cUAoC1VR-9U0z21qpwZo4fLMB2i6SR6vGuZiMudHQ_tC26G0JDApvgV8wU5XStc8sZbeoo0CEdl0CKeMqRtG3nW_CTHN/w400-h266/istockphoto-1253920275-612x612.jpg" width="400" /></a></div><br /></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;"><i><b> </b></i></span></span></div><div style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;"><i><b>Eu, se fosse médico, consultava a mãe do paciente antes de tomar qualquer decisão</b></i></span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;"><br />As mães têm sempre razão. Para não exagerar, porque toda generalização é perigosa, direi que as mães têm razão em 99,9% das vezes. Pelas minhas contas, qualquer mãe tem que dar 10.000 opiniões para errar uma. Melhor que isso, só Deus, que nunca erra. Verdade que criou o homem, mas se redimiu, criando a mulher logo em seguida. Parece que consta das Escrituras que, tendo feito Adão, Deus olhou bem e falou: <i>“Eu posso fazer coisa melhor”</i>. Então criou Eva.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;"><br />Um exemplo, só para exemplificar: Uma senhora levou a filha a um conceituado médico de nossa cidade e sugeriu que a moça estava com o mesmo problema que ela, mãe, havia tido quando jovem. Dizem que 10% dos juízes pensam que são Deus. Os outros 90% têm certeza. Parece que com os médicos não é muito diferente, e tanto que esse desfez do diagnóstico materno, pontificando que toda mãe apresenta essa mania doentia de querer saber, mais dos que os doutores, do que os filhos padecem. Deu outra definição para o caso, rabiscou uma receita e mandou as duas para casa. Dois dias depois internou a moça, exatamente com o problema que a mãe havia sugerido. Eu, se fosse médico, consultava a mãe do paciente antes de tomar qualquer decisão, porque a ciência, por melhor que seja, nunca alcança 99,9% de acerto, coisa que coração de mãe faz sem precisar de vade mecum.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;"><br />Estou puxando esse assunto porque ultimamente ando me lembrando de coisas que minha mãe dizia. Não que ela vivesse fazendo citações. Ao contrário, ela era de pouca conversa, mais de calar do que de falar. E tinha o dom de poupar os filhos de longos sermões, sintetizando em poucas palavras o que outras transformariam numa infindável catilinária.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;"><br />Quando reclamávamos de algum acontecimento que nos parecia injusto, ela sentenciava: <i>“Deus sabe o que faz, a gente não sabe o que fala”</i>. Grande verdade! Se ouvíssemos mais a voz de Deus e falássemos menos, com certeza nossas burradas e consequentes sofrimentos seriam bem menores. <i>“Quando a cabeça não pensa, o corpo é que paga”</i>, ponderava ela, se atitudes erradas resultassem em sofrimentos físicos, tais como ficar doente, engordar ou emagrecer demais, ferir-se ou mesmo morrer. De alguém que colocava no prato mais do que podia comer, dizia que o guloso pretendia <i>“Comer com os olhos”</i>, ou que tinha <i>“O olho maior que a barriga”</i>.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;"><br />Na verdade, era um tempo de sínteses definitivas. Bares e armazéns abriam todos os dias com a mesma tabuleta pendurada na parede: <i>“Fiado só amanhã”</i>. E, embora fosse comum a existência de um prego em que as dívidas dos fregueses eram penduradas, o fiado sempre foi mal visto. Não era incomum que vários estabelecimentos ostentassem um cartaz em que duas famílias ficavam lado a lado, separadas por dois fios de tinta: um azul e outro vermelho. No lado azul, numa sala luxuosa, um comerciante rico e saudável, cercado de lindos filhos e linda esposa. No vermelho, seu colega esquelético, sentado numa cadeira capenga; a mulher, esfarrapada, segurando nos braços uma criança desnutrida, enquanto duas outras olham para a clientela com olhos de fome. Embaixo de cada figura, a legenda completava a obra de arte: <i>“Este vendeu a dinheiro. Este vendeu fiado”</i>.</span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;"> </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="font-size: medium;">E vou parando por aqui, porque já falei demais, e mamãe sempre dizia que <i>“A palavra é de prata e o silêncio, de ouro”</i>. Em todo caso, espero não ter gasto toda essa prata sem dizer ao menos alguma coisa que se aproveitasse.</span></span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/08/roberio-jose-canto.html?m=1" target="_blank">Robério José Canto</a><span style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p></o:p></span></span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="text-align: justify;"> </span></span></p></span></div><div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="text-align: justify;">Cadeira n° 4, Patronímica de </span><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/01/biografia-dos-patronos-alphonsus-de.html?m=1" style="text-align: justify;" target="_blank">Alphonsus de Guimarães</a> </span><br /></p></span></div>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-28027403891524878642023-05-08T06:00:00.001-03:002023-05-08T06:00:00.153-03:00Bertrand<p><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> <span style="text-align: center;"> </span></span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQsJUWfRZNlktzDnFxf9UboFmFGvFibTywKJZHXzNiC0pPYIq3FFgSKQh3roLcTHot4mWzLu50dquoNH_d4IQ9DqU6Z6bQmUvjfmRKOWYCsLumhRZiMf2kB12bcbhltKrSTB5TgorWXxAr_eywOMyCEEvzxkAL_rp-cTLVyKL5FvC4SGjd5WMSEmET/s607/images%20(1).jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="505" data-original-width="607" height="333" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgQsJUWfRZNlktzDnFxf9UboFmFGvFibTywKJZHXzNiC0pPYIq3FFgSKQh3roLcTHot4mWzLu50dquoNH_d4IQ9DqU6Z6bQmUvjfmRKOWYCsLumhRZiMf2kB12bcbhltKrSTB5TgorWXxAr_eywOMyCEEvzxkAL_rp-cTLVyKL5FvC4SGjd5WMSEmET/w400-h333/images%20(1).jpeg" width="400" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="text-align: right;">“</span><i style="text-align: right;">A principal e mais grave punição para quem cometeu uma culpa </i><i style="text-align: right;">está em sentir-se culpado.”</i></span></p><p style="text-align: right;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Sêneca</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">Da janela do escritório eu observava o céu. Por vezes, o sol predominava radiante e absoluto sobre as pessoas que caminhavam nas ruas, feito formiguinhas com folhas no dorso. E ainda que nenhuma nuvem ameaçasse tão deleitoso clima, não havia a menor dúvida para mim quanto a vulnerabilidade de nossas plagas às intempéries, às mudanças bruscas de temperatura, aos temporais sem anúncio. Isso lhes parece pouco razoável? Nem tudo nesta vida é razoável.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">As recordações daqueles jubilosos dias se desvaneceram, quando fechei os olhos por segundos intermináveis, transportando-me outra vez para o velho sobrado. São duas horas da manhã e é ocioso dizer que, embora eu me sinta demasiadamente prostrado, não consigo dormir. Desta feita, era a lua minguante que pairava incólume no mais alto dos céus, escoltada por uma multidão de estrelas, ao contrário das ruas, onde não havia uma só pessoa caminhando a esmo. Suspirei, pesaroso… Ora, se somos cerca de oito bilhões de seres humanos em todo o mundo, se há no planeta 18 mil espécies de formigas, que superam o peso da humanidade inteira, onde estão todos eles?</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">Nem pessoas ou formigas, que fossem. A insônia é um mal extremamente solitário. É estar cativo numa bolha atemporal, um plano paralelo além do tempo e do espaço, indene da matéria, da luz e do som, uma dimensão rarefeita e sombria. Deve ser o mesmo que estar morto, desprezado no limbo à espera do Juízo, suponho.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">Não sei por quanto tempo permaneci ali (as horas passam de maneira diversa numa noite em vigília) julgando-me o único sobrevivente da madrugada. </span><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"><i>“Onde estão eles, meu Deus?”</i></span><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">, eu me perguntava, distraindo-me por alguns segundos com a minha própria face no reflexo do vidro. Que tolice! É claro e evidente que estavam ali, em algum lugar, do mesmo modo que a chuva a espreitar sorrateiramente por trás dos montes, com uma singular placidez, e assim como a mim, por trás daquela vidraça.</span></p><p class="western" style="line-height: 19.8756px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">“<i>Que lástima!”</i><span style="color: black;">, lamentei mentalmente e, ato contínuo, sorvi o último gole de uma insípida dose de vodca, limpando os lábios com as costas da mão tremente. Depositei o copo de qualquer maneira no aparador com as garrafas, ajustei o velho roupão preto e desvencilhei-me da claridade da recente manhã que penetrava por uma diminuta nesga das cortinas. Arrastando os pés descalços no desgastado piso de cerâmica, escorreguei o corpo morosamente sob o fino e obstinado lençol da aurora, na simples tarefa de alcançar a mesa, que ora se tornava demasiadamente cansativa.</span></span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">Sobre o tampo, junto a uma xícara de café frio, um prato com farelos de pão e um cinzeiro usado, jazia o processo de um importante cliente. Sentei-me com displicência, as pernas esticadas e a lombar fora do apoio; bocejei e estiquei os braços para cima, entrelaçando os dedos e estalando-os acima da cabeça. Aqueles bocejos e suspiros, muxoxos e esgares, denunciavam uma prostração crônica a que me submetera, nos estranhos domínios daquele pecado capital, onde dissipava meu tempo em devaneios tristes e inúteis. </span><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"><i>“Discute-se neste recurso a teoria do adimplemento substancial do contrato, aceito pela doutrina e a jurisprudência como forma de se flexibilizar o rigor contratual, restando comprovado nos autos a quitação de mais da metade do contrato”.</i></span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">Fechei outra vez a pasta, com a mão espalmada sobre a capa; em seguida, apoiei os cotovelos na mesa e segurei a cabeça com as mãos. Na contemporaneidade, o processo jurídico se tornou um verdadeiro circo e, como o ofício não me atraía mais, certas matérias aborreciam-me sobremaneira. Imaginem se as formigas e demais seres sociais precisassem de um ente maior para decidir querelas mesquinhas? Oras. Naquele momento, aquilo era muito para minha mente exausta, mas o justo e necessário para um advogado de meia idade e com um excesso de contas a pagar. Por isso convém prosseguir, mesmo protelando vergonhosamente.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">Cruzei os braços e corri o olhar pela pequena sala cinzenta, vetusta e melancólica, decorada com móveis de madeira de quase trinta anos, além da maltratada tapeçaria que adornava um terço do cômodo. Em todos aqueles notáveis pormenores estavam impressas reminiscências de uma vida inteira, lembranças vagas e diáfanas, como a clandestina luz do amanhecer, de tempos áureos e felizes. Ainda assim, não havia saudade, luxo para poucos e privilegiados mortais. Além da sórdida poeira que se assentava inclemente sobre aquelas memórias e sobre a própria existência, o que me restava?</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">Volvi os olhos para a porta, despertado abruptamente de minhas divagações. Em meu voluntário desterro, há tempos não recebia visitas e consequentemente os compromissos com clientes eram raros, raríssimos. A campainha, de tom obsoleto e anacrônico, tintinou outra vez e fechei os olhos, na infantil esperança de transportar-me dali para outro lugar, outro momento.</span><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"><i> “Tempos áureos e felizes”</i></span><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">. Levantei-me, desconfiado e pensativo, caminhando, pé ante pé, na direção da porta e daquilo que por trás dela, buscava-me com tamanha urgência e avidez.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Quem é? – perguntei, próximo à folha de madeira, observando a sombra que se esparzia através da fresta junto ao chão. Encarando-as, assim, amiúde, pareciam que esticavam tentáculos em minha direção, como se desejassem aderir a meus pés nus. Então, recuei.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Bertrand? – redarguiu uma voz masculina, de timbre grave e significativamente rouca. Por algum motivo, foi estranho ouvir meu próprio nome, daquela maneira, naquela ocasião, naquelas condições. Cocei a cabeça, inquieto e repeti a pergunta.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Quem é? – insisti, tentando imprimir maior severidade na voz. Receio, porém, que repetida a pergunta, haveria a confirmação tácita de minha identidade. Do que me escondia, contudo? – Vá embora! – determinei e um enigmático silêncio seguiu-se após isso. A sombra ainda estava lá, eu podia vê-la pela fresta, imóvel, mas seus tentáculos não me alcançavam mais.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Podemos conversar um pouco? – perguntou, após breve hesitação. <span style="color: black;"><i>“Polícia?”</i></span><span style="color: black;">, pensei, mas o que a polícia poderia querer comigo? Arfei e seguiu-se novo silêncio, dessa vez mais pesado, quase tangível. Enfim, destranquei a porta e girei-a lentamente nos gonzos.</span></span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Posso entrar? – propôs seriamente. Era um senhor de uns sessenta e poucos anos, o olhar melancólico, a barba grisalha feito os cabelos ondulados que caíam parcialmente sobre a testa; as enrugadas mãos pairavam entrelaçadas em cima do ventre, enquanto esperava a resposta e eu o contemplava, boquiaberto e intrigado.<span style="color: black;"> Havia algo nele, que não sei dizer ao certo, que o tornava paradoxalmente estranho e familiar – e que me inquietava profundamente.</span></span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">É provável que não me compreendam, mas temo não ser possível transmitir a natureza de meus sentimentos naquele momento. Os ruídos da cidade que acordava vinham morrer nos muros da minha pequena fortaleza, mas um calor em meu peito emudecia-me. Não havia, em absoluto, motivo ou razão para isso, entretanto, franqueei-lhe a passagem, sob o jugo de um estranho silêncio, e o sujeito entrou, desentrelaçado as mãos. Meneou a cabeça em sutil cumprimento, ao cruzar comigo, seguindo vagarosamente pela sala, parecendo refletir alheio e ensimesmado. Senti cada músculo do meu corpo enrijecer, tomado por uma angústia repentina. Havia algo errado.</span></p><p class="western" style="line-height: 19.8756px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Você não é policial… – afirmei, com o coração descompassado, abandonando a porta aberta e o acompanhado, em minha epifania tão tardia. – Oficial de Justiça? – completei, enquanto ele estacava logo a frente, absorto em algo que eu não podia compreender. Segui sorrateiramente até a cômoda, no canto da sala, e puxei com cautela a primeira gaveta, assegurando-me que ele não percebesse que eu insinuava a mão pela pequena abertura e recolhia o conteúdo antes protegido por uma flanela laranja.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Não... não sou. – respondeu-me de pronto e desdenhoso.<span style="color: black;"> </span><span style="color: black;">– Advogado.</span></span></p><p class="western" style="line-height: 19.8756px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Deve ter havido algum engano… não sou quem procura. Peço que o senhor vá embora, por favor. – solicitei, de modo respeitoso, mas ele parecia pouco se interessar, parado com as mãos na cintura, olhando calmamente tudo a sua volta.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Não, não houve engano algum… – disse, quase que para si mesmo, e rompeu marcha outra vez. Passou a polpa do indicador pelo tampo da mesa, esfregando-o posteriormente no polegar, contornando um sofá individual de couro marrom<span style="color: black;">.</span></span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– O que você acha que está fazendo? – esbravejei indignado, o sangue pulsando nas têmporas, os olhos úmidos, no momento em que ele alcançava a janela.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Salvando sua vida. – respondeu-me categoricamente enquanto abria as cortinas num puxão vigoroso, a poeira cintilando sob a luz do exterior, agora indomável e poderosa. – Isso aqui está parecendo um mausoléu... – comentou em reprovação, ainda de costas, abanando a mão em frente ao rosto para afastar a poeira.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Pois vá salvar minha vida em outro lugar! – determinei, mas ele assumia um embaraçoso estado de indiferença. Ergui, então, o cão do revólver que apontava trêmulo em sua direção. – Saia já daqui! – insisti. Não esperei que me atendesse e, tomado de profunda angústia e desespero, fiz três disparos seguidos. Nenhum, contudo, o atingiu: a arma não detonou um só projétil! Atônito, calquei o gatilho mais duas vezes; os tiros falharam da mesma maneira.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">O velho virou-se lentamente, quando ouviu os cliques secos do revólver, sem esboçar medo algum; permanecia parado à minha frente, os braços estendidos ao lado do corpo, encarando-me incomovido. O contorno de seu corpo ganhava destaque contra a luz da janela, a mesma por onde, há poucos minutos, eu olhava furtivamente e em paz, o céu e as pessoas, sem compreender completamente nenhum deles.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Você guarda isso há tanto tempo que a pólvora está úmida, meu caro. Na verdade, você guarda muitas coisas das quais deveria se desfazer – ainda mais letais do que isso, acredite… – comentou, batendo a poeira do ombro. Em seguida, dirigiu-se ao pequeno sofá, sentou e desabotoou o terno e cruzando as pernas, os antebraços descansados no apoio do estofado. – Um presente um tanto inadequado para um filho, suponho. – comentou incidentalmente.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">“<i>Um presente um tanto inadequado”</i><span style="color: black;">. De certo modo, pode-se assim dizer. Ali naquela mesma sala, meus pais discutiram várias e várias vezes sobre o tema. Os tempos eram outros, a luminosidade daquela casa era outra. Mamãe jamais gostou de armas, achava-as perigosas e com um poder quase paranormal de estimular a violência, como se donas de vontade própria. Meu pai, homem prático e de princípios suficientemente limitados, não acreditava que elas pudessem provocar quem quer que seja, independente da fraqueza de suas mentes. </span><span style="color: black;"><i>“Não vou me desfazer dela, não insista. Na verdade, quem tem uma dessas, a tem para não usá-la. Mas ai daquele que se encontrar numa situação em que precisar e não puder!”</i></span><span style="color: black;">, afirmava categoricamente, após sorver um gole de um refrescante suco de laranja ou do café matinal. </span><span style="color: black;"><i>“Acho muito perigoso. Já conversamos sobre isso.”</i></span><span style="color: black;">, retrucava ela, movendo o olhar disfarçadamente em minha direção, mas não fixamente a ponto de ser notada. </span><span style="color: black;"><i>“Não sei porque você persiste nesse assunto. Não vou me desfazer. Aliás, faço questão que fique com ele depois de mim…”</i></span><span style="color: black;">, testamentava ele e a conversa chegava ao fim, para recomeçar em outra situação, até mais acalorada, numa outra oportunidade. E assim foi, após o enfisema, já tão distante dos apelos e protestos de minha mãe. E cá estava eu, exatamente como meu pai previu. Um presente um tanto inadequado.</span></span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Não entendo como sabe disso. Quem é você, afinal? – perguntei confuso e perturbado, baixando o revólver e a cabeça. – Está me espionando? – acrescentei constrangido, os olhos marejando por uma mescla de emoções incisivamente perturbadoras.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Um amigo. Talvez o único que tenha lhe restado. – afirmou, como se a frase muito lhe custasse a sair da boca, erguendo-se outra vez do sofá. Parou em frente a uma estante com alguns livros antigos e quadros com fotos de família, há muito negligenciados.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Eu realmente não entendo... – comentei, resignado, deixando a arma sobre a mesa. A mesma com o ignorado processo entre os restos de uma noite em claro. Aproximei-me do sujeito.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Faça um esforço. E por favor, não me interrompa mais, tenho pouco tempo. – disse, com a firmeza de um professor. – Olhe para você… – afirmou, num tom grave, balançando a cabeça em reprovação, esticando, em seguida, a mão direita aberta na direção da estante, a palma exibindo uma nem tão discreta cicatriz, na diagonal. – Até quando irá se culpar? – concluiu, pesaroso, apontando para minha esposa e meu filho, presos num instante feliz emoldurado.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Não sei do que está falando… – tartamudeei, desviando o olhar. O que ele podia dizer sobre isso? Naquela noite choveu em apenas três horas o equivalente a um mês inteiro. E eu não estava com eles…</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Deixe de se ocupar tanto com o que viveu e passe a valorizar o que ainda há de viver. Você não pode mudar o passado, Bertrand, mas o amanhã… o amanhã está em suas mãos. Veja o que se tornou. Onde acha que isso vai parar?</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– E o que me tornei, ahn? Sou um advogado bem-sucedido e respeitado. O que você pensa sobre isso ou qualquer outro assunto não me interessa. – afirmei pouco assertivo e ele novamente não se comoveu.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Ora, faça-me o favor e pare de mentir para si mesmo. Advogado bem-sucedido? Nem mesmo a um escritório você pertence mais. Pelo amor de Deus, Bertrand. Quem você acha que contratará um advogado alcoólatra, metido em andrajos ensebados?</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Ora, seu desgraçado! Já chega! Vá embora agora mesmo! – gritei, apontando o dedo em riste na direção da saída, mas ele insistia.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Esqueça tudo e siga em frente… – orientava, como num discurso político ensaiado. Eu ouvia tudo com perturbação, arrependido por tê-lo deixado entrar… aquelas palavras traziam à tona lembranças que eu calava com extremo esforço, que surgiam dolorosamente em pesadelos, dos quais eu despertava ofegante e em prantos. <span style="color: black;"><i>“Esqueça tudo e siga em frente”</i></span><span style="color: black;"> ecoava lá no fundo, quando avancei sobre ele e desferi-lhe um murro. Num movimento enérgico e atropelado, caímos em cima do aparador de bebidas, terminando ao chão, junto das garrafas e copos que estilhaçaram com o impacto.</span></span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Pare com isso, eu não quero te machucar! – afirmou ele, defendendo-se com dificuldade dos golpes. A luz do sol nos alcançava, tão despercebida e superficial quanto o som de buzinas, carros e fragmentos de conversas incidentais na rua em frente. Atingi seu rosto mais duas vezes e, apoiando-me nos joelhos e uma das mãos, ergui-me ofegante e puxei-o pelo colarinho, levantando-o com energia, expulsando-o a socos e pontapés..</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Sabe onde eu estava naquela noite, seu desgraçado? – esbravejei ao atirá-lo porta a fora e ele me interrompeu de pronto.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Com sua amante. E por isso se culpa dia após dia pelo que aconteceu. – completou o sujeito, e paralisei, estupefato. Não sabia o que dizer ou o que pensar, tomado por uma horda de subversivas emoções.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Se eu estivesse com eles… – pensei alto, as palavras saindo de minha boca contra minha vontade, num ato falho.</span></p><p class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">– Estariam todos mortos… – respondeu pouco antes de eu bater a porta em sua cara, <span style="color: black;">ofegante e perturbado, as duas mãos espalmadas na folha de madeira como a impedi-lo de entrar novamente. Já não importava mais… suas palavras estavam gravadas na minha mente, assim como minha esposa e meu filho. Eles jamais foram encontrados, mas eu podia vê-los, o tempo todo. Não num instante feliz como o da estante, mas tomados de desespero, no turbilhão daquelas águas, numa avalanche de lama. E eu não estava com eles, por um mero capricho, um prazer efêmero e fugaz.</span></span></p><p class="western" style="line-height: 19.8756px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: black; font-size: medium;">Apoiei as costas na porta e deixei meu corpo escorregar até sentar-me no chão, prostrado, afundando o rosto entre as mãos, chorando aos soluços. </span><span style="color: black; font-size: medium;"><i>“Deus, eu não estava com eles…”</i></span><span style="color: black; font-size: medium;">, eu me culpava, quando percebi uma das mãos ardendo, encharcada de um líquido viscoso e de odor metálico. Afastei-as do rosto e meu corpo tremeu num calafrio, ao notar com assombro um profundo corte na mão direita, o sangue fluindo com vigor. Imatura cicatriz. Enquanto isso, a roda do mundo girava, e as pessoas, lá fora, caminhavam despreocupadamente debaixo de um sol radiante. E eu deixava de esperar pela chuva.</span><span style="font-size: medium;"><style type="text/css">p { margin-bottom: 0.25cm; direction: ltr; color: #000000; line-height: 115%; text-align: left; orphans: 2; widows: 2; background: transparent }p.western { font-family: "Calibri", serif; font-size: 11pt; so-language: pt-BR }p.cjk { font-family: ; font-size: 11pt; so-language: pt-BR }p.ctl { font-family: ; font-size: 11pt; so-language: ar-SA }em { font-style: italic }a:link { color: #0563c1; text-decoration: underline }</style></span></span></p><p align="justify" class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: black;">Ge</span><span style="color: black;">orge dos Santos Pacheco</span></span></span></p><p align="justify" class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: black;">Cadeira n ° 38, Patronímica de <a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com.br/2015/01/biografia-dos-patronos-sylvio-romero.html" target="_blank">Sylvio Romero</a></span></span></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-5156077809520860932023-05-03T17:11:00.001-03:002023-05-03T17:11:46.263-03:00Sempre houve violência escolar, a diferença é que, hoje, ela se tornou despudorada<div style="text-align: justify;"><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAAUpS2ILmWaag8hpcgjonMVlK-cDxZ3oW8rdVKqD8k-QX_pmbg5phmpq2nid3pj1H5xRxpJYfzm9aSxAJukuaoQtqGrvjRVkOJNd2IrG6yC5AhMNJvIrunyaT4QAJ4ZKc_L163sGClogchDm72hieowad1gKwB1i5_WUr-hco_Zka6oryNMcVLmvA/s1200/IMG-20230503-WA0026.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="757" data-original-width="1200" height="253" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgAAUpS2ILmWaag8hpcgjonMVlK-cDxZ3oW8rdVKqD8k-QX_pmbg5phmpq2nid3pj1H5xRxpJYfzm9aSxAJukuaoQtqGrvjRVkOJNd2IrG6yC5AhMNJvIrunyaT4QAJ4ZKc_L163sGClogchDm72hieowad1gKwB1i5_WUr-hco_Zka6oryNMcVLmvA/w400-h253/IMG-20230503-WA0026.jpg" width="400" /></a></div><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Lembrar nossas histórias serve para mostrar as diferenças. Temos uma história colonial de violência e que, por isso, não pode ser tratada adequadamente por abordagens a-históricas, amnésicas e presentistas, como de algumas psicologias de dominação. Ao invés disso, o que é da ordem da violência colonial requer uma abordagem como a da psicanálise: uma abordagem totalmente histórica e, por isso, decolonializada, que busca recordar a violência com a qual fomos constituídos.</span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Como disse Ignacio Martín-Baró, “precisamos de memória, uma memória histórica clarividente, para perceber tudo o que bloqueou, oprimiu e esmagou o nosso povo”. Essa memória da violência é indispensável e podemos cultivar por meio da psicanálise. Mas essa lembrança não pode ser como qualquer coisa, ela tem que explicar a maneira como a violência atuou no sujeito constituindo-o ao danificá-lo.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Nossa subjetividade danificada pela violência colonial é o produto de complexas operações inconscientes, como bem demonstrou Frantz Fanon em Peles negras e máscaras brancas pois a “internalização” ou “epidermização da inferioridade” foi o zênite da expressão dessa violência. É também o caso de Anibal Quijano que chamou de “aspiração” em seu livro Colonialidad y Modernidad/Racionalidad, um desejo de “colonialismo interior” em substituição ao “exterior”, isto é, a sedução que vem depois da repressão.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A violência é dissimulada, suas ilusões podem desaparecer no tratamento psicanalítico. Como? Descolonizando o Outro, perdendo o seu lugar que você concedeu no olhar colonial do Outro. O lugar que eu julguei ter no desejo do Outro.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="background-color: yellow;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A violência simbólica nas escolas e o despudor</span></b></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">As escolas sempre foram um lugar violento porque dizem da própria violência simbólica em que o Brasil foi construído. Aquilo que chamamos de Brasil tem por base uma história tóxica e de relações abusivas, isto é, coloniais. Com séculos de colonialismos, ao menos duas modalidades ordinárias de escravidão e dois regimes autoritários, a própria história da violência de hoje agregou outras formas como crimes, homicídios, vandalismos e consumismos. Por consequências, as fronteiras da violência simbólica se tornaram opacas e borradas de modo que seus efeitos se generalizaram e se capilarizaram em sintomas. Elas são da ordem do pulsional que se utiliza da intolerância contra a diferença para instalar a incivilidade. Ora, se é pulsional, então, o inconsciente também é atravessado pelas relações desiguais de poder cujo significante se desliza dependendo da hegemonia daquele período.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Os processos históricos marcaram esse deslocamento, ou seja, três mudanças no S1 do discurso do mestre. Explicando apenas de forma superficial, S1 são significantes que organizam e comanda o discurso. É esse significante que comanda o gozo de cada época. Se há mudança no S1, então, há mudança em todo discurso.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Entre março de 1549 com a chegada de jesuítas no Brasil com o padre Manoel da Nóbrega até 1920, a palmatória era o zênite simbólico da prática educativa. No Brasil colônia, ela era utilizada para punir os indígenas no processo de catequização. Já no Império, foi instituída como instrumento de punição oficial nas escolas públicas. Portanto, o S1 promovia um gozo fálico naquele que detinha seu monopólio, isto é, um corpo colonizador. Educar era sinônimo de punição.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Mesmo com as mudanças na legislação educacional e a valorização de métodos pedagógicos mais modernos, a violência simbólica continuava sob a forma de punição para educar. Essa maneira de entender a educação se ampliou em outras formas mais graves e sutis de violência. Vandalismos e práticas de agressões contra o patrimônio público escolar foram se agravando cada vez mais. Era a reação contra o sistema educacional punitivo.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Os primeiros atos de depredação contra o patrimônio escolar nos informam que, a partir da década de 1930, o país passou por grandes transformações políticas e sociais. Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista de São Paulo, quando diversas escolas foram incendiadas e destruídas na capital paulista e em outras regiões do estado. Os prédios escolares foram alvo por representarem a presença do Estado ou, especificamente, o dono que estava perdendo a palmatória. Outro episódio sintomático aconteceu em 1953, quando estudantes do Ginásio Nacional do Rio de Janeiro (atual Colégio Pedro II) promoveram uma manifestação contra o aumento do preço da passagem de ônibus. O protesto acabou em confronto com a polícia e em atos de vandalismo contra a escola teve suas instalações depredadas.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Com clareza o significante S1 do campo escolar deslizou. Tomou forma perceptível de desencadeamento como se fosse um desengate gradativo do Outro, esgarçando os vínculos afetivos. O afeto que se vinculava a imagem escolar como lugar de punição, é tomada agora como deflagração de uma violência simbólica contra a escola. Assim, os sujeitos poderiam estar se desidentificando da posição de gozo do Outro. Com o passar do tempo e as repetições de depredação escolar, a figura da escola foi jogada numa errância por um prazer perverso.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Passando algumas décadas o S1 retorna com a violência escolar não mais com a palmatória, mas como uso de uma ferramenta de propaganda política e de controle social. O período cívico-militar fixou na educação um instrumento fundamental para a formação de uma sociedade disciplinada, supostamente a renúncia pulsional, obediente e comprometida com os valores e interesses do Estado. Seus cidadãos fizeram uma identificação com esse Pai ao invés de matá-lo. Todos eram obsessivamente vigiados e imaginariamente punidos.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Foi nesse período que o Estado instituiu uma série de reformas educacionais que restringiram a autonomia das escolas e dos professores. A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), de 1971, por exemplo, determinou que o ensino deveria ser "conforme os princípios e objetivos da nação", o que significava que o conteúdo das disciplinas deveria estar alinhado com a visão de mundo do Estado. Mas quem era o Estado se não o que Georgio Agabem em Subjetivação e dessubjetivação dizia que o Estado é uma máquina de descodificação que embaralha e dissolve as identidades clássicas. Ao mesmo tempo, uma máquina de recodificação jurídica das identidades dissolvidas faz dessubjetivação e ressubjetivação. O canalha ocupou o Estado porque experimentou a castração, mas prefere escolher o que aprendeu na análise para gozar do outro.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A psicose clássica, conforme descrita por Lacan, é caracterizada pela presença ou ausência do operador simbólico do Nome-do-Pai, que representa a norma edipiana e é essencial para a integração do sujeito no universo simbólico. A falta desse significante pode levar a uma foraclusão, que significa a rejeição do significante pelo inconsciente e sua emergência como delírios e alucinações.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Analisando o contexto histórico, é possível perceber como a imposição de uma visão de mundo por meio das reformas educacionais e da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional pode ter contribuído para a fragilização da estrutura simbólica dos sujeitos. Ao limitar a autonomia das escolas e dos professores, o Estado acabou por impor sua visão de mundo como a única válida, o que pode ter levado à falta de integração do sujeito no universo simbólico.</span></div></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><span><div style="text-align: justify;">Além disso, a máquina de recodificação jurídica das identidades dissolvidas, como descrita por Georgio Agamben, pode ter contribuído para a dessubjetivação e ressubjetivação dos sujeitos, o que pode levar a uma perda de identidade e a uma maior vulnerabilidade à foraclusão do Nome-do-Pai.</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span><span><div style="text-align: justify;">Dessa forma, é possível estabelecer uma relação entre as ideias apresentadas por Lacan e as mudanças no sistema educacional, sugerindo que a falta de autonomia das escolas e dos professores pode ter contribuído para a fragilização da estrutura simbólica dos sujeitos e, por consequência, para a emergência de transtornos psicóticos onde a própria cultura julga, condena e joga no sistema prisional. Essa cultura produz descompensados em massa!</div><div style="text-align: justify;"><br /></div></span></span><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2023/05/biografia-dos-academicos-ronald-lopes.html" target="_blank">Ronald Lopes de Oliveira</a></span></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Cadeira n ° 15, P</span><span style="font-family: verdana;">atronímica de </span><span style="font-size: large;"><span style="font-family: verdana;"><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/01/biografia-dos-patronos-farias-brito.html?m=1" target="_blank">Farias de Brito</a></span><span style="font-family: verdana;"><span>.</span></span></span></div><div style="text-align: justify;"><br /></div><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">* Texto elaborado a partir do _Evento realizado na Cidade das Artes - Barra da Tijuca - RJ pelo Projeto Interlocuções coordenado pela Psicanalista Gilda Pitombo.</span></div><!--/data/user/0/com.samsung.android.app.notes/files/clipdata/clipdata_bodytext_230503_170337_880.sdocx-->Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-3785009551833876762023-05-02T09:04:00.004-03:002023-05-02T09:06:00.253-03:00Biografia dos Acadêmicos: Ronald Lopes<p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"> </span></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRDynuNoyE9cdKtKm6G18pGxwf5nN3zoFWT0imDrzPLJ25zwYc6WKQhzrL9xf_OmCseuPSBMR_SUF_zXcG9BceKrbtLKK-_tTbLK85Ht6zMQBGFhUzKxW_VfSZD8CN5lnfe32KQ2vqqLeVfz6gUB9GXc8idx5TIjQg5vBkpsy0c_YT65xGhHrS7-Vd/s470/IMG-20230501-WA0006.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="470" data-original-width="402" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjRDynuNoyE9cdKtKm6G18pGxwf5nN3zoFWT0imDrzPLJ25zwYc6WKQhzrL9xf_OmCseuPSBMR_SUF_zXcG9BceKrbtLKK-_tTbLK85Ht6zMQBGFhUzKxW_VfSZD8CN5lnfe32KQ2vqqLeVfz6gUB9GXc8idx5TIjQg5vBkpsy0c_YT65xGhHrS7-Vd/w343-h400/IMG-20230501-WA0006.jpg" width="343" /></a></span></div><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Ronald Lopes de Oliveira é Psicanalista Pós-graduado em Psicanálise e Saúde SEPAI-RJ. É do Fórum do Campo Lacaniano de Nova Iguaçu (FLCNI-RJ). Pesquisador do Laboratório de Estudos de Gênero e Sexualidade - LEGESEX/UFRRJ. Tem atuado de forma ativista sobre os subalternizados. Em sua perspectiva, não é porque ele é branco e privilegiado que sua fala não pode cerrar fileiras na luta antirracista e no combate a desigualdade brasileira. Isso não depende de ideologias, mas da dignidade humana.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">A base de seu discurso de posse tem alicerces na História porque ele é Historiador. Doutorando em História na UERJ, Mestre e Licenciado em História UNIRIO. Pós-graduado em Ciências da Religião e Pesquisador do Grupo Interinstitucional Áfricas - UERJ/UFRJ tem se debruçado na região do sudoeste de Angola e na história angolana de Luanda e Namibe nas articulações e trânsitos culturais com o Brasil. Ele entende que a cultura africana ajuda a descolonizar a Psicanálise em prol de sua luta.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">"Existe uma mancha nos Psicanalistas brasileiros que enviesam as leituras das obras de Freud e Lacan, esse enviesamento se chama racismo e que acabam fazendo uma clínica decepada, isto é, uma Psicanálise sem História" diz Ronald Lopes.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">Ele é autor do livro Mortos que constroem cidades e outros textos que envolvem História e Psicanálise com relação ao luto, perdas, morte e morrer, cultura africana dentre outros. Tem atuado como ativista nas redes sociais tanto nos canais do YouTube como no Instagram, segue o link </span><span style="font-family: verdana;">https://www.instagram.com/ronaldlopesoliveira/. </span><span style="font-family: verdana;">Tomou posse em 28 de abril de 2023, ocupando a cadeira n ° 15, patronímica de </span><span><span style="font-family: verdana;"><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/01/biografia-dos-patronos-farias-brito.html?m=1" target="_blank">Farias de Brito</a></span><span style="font-family: verdana;"><span>.</span></span></span></span></p><p style="text-align: justify;"><br /></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-25687844060844488072023-05-01T15:36:00.008-03:002023-05-01T15:38:26.388-03:00Biografia dos Acadêmicos: Rodrigo Noval<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2ZSkaaqGN8722uSoBTQ-zX-8Pe0Z0b4opqBPO5W6W8B2ly_YVoe_129PPQ3egXXg5eugoyRvWkmSh11aaLQAAr4PmAHKIQpFC1Orak8iu7nYyH6aMLwj6Df7KRh-cNJ4mDF6keGRVs0sQttRciZmt9ZHiZHWtSiKjnnSLGBmiDo-tyD1A1T_b9a6M/s1920/Screenshot_20230501-141659_WhatsApp.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1080" data-original-width="1920" height="225" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh2ZSkaaqGN8722uSoBTQ-zX-8Pe0Z0b4opqBPO5W6W8B2ly_YVoe_129PPQ3egXXg5eugoyRvWkmSh11aaLQAAr4PmAHKIQpFC1Orak8iu7nYyH6aMLwj6Df7KRh-cNJ4mDF6keGRVs0sQttRciZmt9ZHiZHWtSiKjnnSLGBmiDo-tyD1A1T_b9a6M/w400-h225/Screenshot_20230501-141659_WhatsApp.jpg" width="400" /></a></div><p style="text-align: justify;"><br /></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Rodrigo Noval de Oliveira, (Niterói, 25 de Setembro de 1978). É um escritor, poeta, e policial brasileiro.</span></p><p style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Após ingressar nas fileiras da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro em 2005, Rodrigo Noval, lançou seu primeiro livro, Chá de Poesia em 2011 pela Editora Livre Expressão, sendo premiado pela editora Sapere entre poetas de três países de Língua portuguesa, Brasil, Portugal e Moçambique no ano seguinte. Após lançar seu segundo livro Poesia Nua, foi um dos fundadores da 1° feira literária de Armação dos Búzios em 2013, ao lado do escritor Marco Provazzi. Em 2014 mudou - se para Nova Friburgo, onde realizou no ano seguinte a 1° Feira Literária do 11° Batalhão de Polícia Militar. Em 2017, lançou o livro Corpos Inversos, seu primeiro livro de contos pela editora Lp Books. No ano de 2022, foi agraciado pela ALERJ com moção de aplausos por seu trabalho na literatura. Afilhado literário da escritora Janaína da Cunha, bisneta de Euclides da Cunha, Rodrigo Noval está em fase final do seu quarto livro, Corações Devassos, contos do Cotidiano. </span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tomou posse em 28 de abril de 2023, ocupando a cadeira n ° 21, patronímica de </span><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/01/biografia-dos-patronos-ingles-de-sousa.html?m=1" target="_blank">Inglês de Sousa</a></span><span style="font-family: verdana;"><span>.</span></span></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-10177971180217107232023-04-06T06:00:00.004-03:002023-04-06T06:00:00.198-03:00Uma emboscada para Coelho Pascal<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioTUFqH2YDMEGglu9kBTxKU0gJEqQzwo_g286UMggye8NTXXnyFXc8r5ZgKkRLdSoOYTw_bnnN62UbdjFg8D800FVYVuWlwiuvl4sJxsQ5RJ2rkkRzpqVA0_fdiHHvm22KryI9W-j0DDvoXvOl0cRS5E_6w6_jo99TeYpWRnwwayb1Z8J5EOTuRql9/s1668/20230331_170140.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1668" data-original-width="1196" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEioTUFqH2YDMEGglu9kBTxKU0gJEqQzwo_g286UMggye8NTXXnyFXc8r5ZgKkRLdSoOYTw_bnnN62UbdjFg8D800FVYVuWlwiuvl4sJxsQ5RJ2rkkRzpqVA0_fdiHHvm22KryI9W-j0DDvoXvOl0cRS5E_6w6_jo99TeYpWRnwwayb1Z8J5EOTuRql9/w286-h400/20230331_170140.jpg" width="286" /></a></div><div style="text-align: center;"><br /></div><p class="western" style="line-height: 17.28px; margin-bottom: 0cm; text-align: right;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"><span style="background: rgb(255, 255, 255);">“<i>O mal não é ter uma ilusão, o mal é iludir-se.”</i></span></span></p><p class="western" style="line-height: 17.28px; margin-bottom: 0.2cm; text-align: right;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"><i><span style="background: rgb(255, 255, 255);">José Saramago</span></i></span></p><p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Ele estava meia hora atrasado.
A mulher conferiu mais uma vez o relógio de pulso e tornou a mexer o
açúcar no fundo da xícara de porcelana branca, apoiada num pires
sobre o tampo da mesa da lanchonete. Era um ambiente à meia luz,
numa rua transversal da Alberto Braune, ideal para encontros
furtivos, negócios escusos e casos amorosos. O ventilador de parede
soprou um vento quente e seco, tilintando a hélice mal conservada.
Ergueu o olhar e espreitou a janela. Ele não viria.</span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Ele não vai vir… –
disse ela, balançando as pernas inquietas e bicando o café, sentada
sozinha à mesa, na companhia apenas do <i>dispenser</i> de temperos, entre
sachês de sal, ketchup, maionese, mostarda e açúcar, além de um
cardápio em uma folha plastificada.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Esperemos mais um pouco. –
orientou o homem no outro lado da fonia. Estava numa van com um
logotipo de lavanderia, junto a mais quatro policiais, operando a
escuta e à espreita de uma oportunidade. Essa era a chance perfeita
em anos de investigação, uma chance única, que não poderiam
perder.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Droga, eu estou nervosa…
– murmurou ela, apoiando com mãos trêmulas novamente a xícara na
mesa. – Gente, vocês não veem? Ele não vai vir. – insistiu
ela, ameaçando levantar-se. Usava um vestido curto azul com
bolinhas, sem decote e botões na frente, com cinto e bainha de
<i>ruffle</i>.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Suspeito se aproximando em
sentido Alberto Braune. Terno preto e óculos escuros. Está sozinho,
conforme combinado. Equipe Alfa, atenção aos meus comandos.
Experiência Fonia… – disse o chefe da missão policial, e várias
pessoas seguiram-se uma a outra com <i>“recebendo
forte e claro”</i>,
culminando com a moça da lanchonete. – Fique calma. Tudo vai dar
certo. – concluiu o homem, seriamente.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Ok… – respondeu ela, a
voz fraca e comprimida, persuadida de seu destino, certa que o teria
de cumprir, fosse como fosse. E então ele entrou na lanchonete,
empurrando a porta de alumínio que rangeu sobre os gonzos. A estação
da rádio tocava uma música popular, num volume que abafava as
conversas sem prejudicar o atendimento.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Olá… – disse ele
aproximando-se da moça, que levantou-se para o cumprimento. Ele
tirou os óculos e beijou-a duas vezes. – Desculpe a demora, mas
precisei atender a um cliente de última hora. – justificou-se ao
sentar-se na outra ponta da mesa, abrindo o botão do blazer e
ajeitando com ambas as mãos as orelhas deitadas em direção à
nuca. <i>“Café?”</i>,
perguntou a garçonete, e ele meneou a cabeça de modo afirmativo.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><a name="__DdeLink__3426_800586731"></a>
– Pensei que não viria
mais… – tartamudeou ela tristemente, consternando-o, bebericando
outra vez a xícara e manchando-a ainda mais do batom vermelho.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Eu jamais abandonaria uma
mulher como você… – disse ele num sorriso, estendendo as mãos
para as dela. <i>“Excelente,
continue assim. Agora, faça-o falar...”</i>,
orientou a voz metálica na escuta.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Eu é que não perderia
esse encontro por nada nessa vida… – contra-argumentou ela,
apelando para o ego do grande e incrível Coelho Pascal, unanimidade
de uma sociedade inteira. Como capturar alguém como ele? Só havia
um jeito: uma confissão.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Não quer ir para um lugar
mais reservado? Meu flat, ahn? Nós dois poderíamos beber alguma
coisa… – flertou Pascal, encarando-a com seus grandes olhos
vermelhos e tremelicando os longos fios de seu bigode quando a
garçonete finalmente trouxe o fumegante café.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Ah, eu acho que ainda não.
Vamos dar tempo ao tempo, que tal? Sua história sempre me fascinou e
você sempre foi para mim algo utópico, inalcançável. Uma
fantasia. Acho que ainda não estou preparada para isso! –
respondeu ela, desviando o olhar, num simulacro de pudor. A verdade é
que o comportamento e o tipo de conversa que ela devia conduzir fora
ensaiada com a polícia a fim de alcançar um premeditado objetivo.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><a name="__DdeLink__3502_800586731"></a>
– Ora, uma fantasia? Não é
para tanto. Eu apenas mantive o legado de meus antepassados. A
tradição foi trazida para a América por imigrantes alemães, entre
o final do século XVII e o início do século XVIII. Sabia que no
Antigo Egito, o coelho simbolizava o nascimento e a nova vida? –
explicou ele, enquanto esvaziava o sachê de açúcar para, ato
contínuo, misturá-lo ao café. – Não vai comer nada? Acho que
vou pedir uma fatia de bolo de cenoura...</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Não, obrigada! –
respondeu ela, espalmando a mão direita, e deu continuidade à
conversa. – Nova vida? Nossa, que máximo! Pena que tudo ficou tão
deturpado, não é? Você não se incomoda com isso? – perguntou,
contendo o nervosismo<span style="color: black;">.
</span><span style="color: black;"><i>“Você
está indo muito bem. Respira e continua...”</i></span></span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Um pouco, não é? Mas
apesar de tudo, ninguém me quer como inimigo. Além do mais, o
negócio dos ovos vai de vento em popa e ajuda a manter a tradição…
– disse ele assoprando a bebida e sorvendo um gole, dando-lhe uma
piscadela de olhos. <i>“Vamos
direto ao ponto, ok? Ele mordeu a isca. Faça-o falar sobre o mercado
dos ovos...”</i></span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– As pessoas reclamam do
preço, mas continuam comprando! É incrível como consegue isso! –
comentou com ar elogioso, esticando a mão para tocar a sua, macia
feito pelúcia.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><a name="__DdeLink__3651_800586731"></a>
– Ah, minha querida. As
pessoas gostam de ser iludidas e o segredo do comércio sempre foi
convencê-las de que um determinado produto é uma necessidade ou
vantagem, independente do que seja. No caso dos ovos, por exemplo. A
mesma quantidade de chocolate custa quase três vezes mais do que
numa barra de chocolate, devido ao valor agregado. Sabe, eu era
apenas um coelhinho quando meu pai passou a ofertar brindes
vinculados ao produto, aumentando as vendas consideravelmente. E hoje
podemos nos dar ao luxo de reduzir o peso dos ovos e vendê-los pelo
mesmo preço, o que incrementa a margem de lucro de maneira
exponencial. Somos agora um segmento consolidado no mercado, não
temos nem mesmo concorrência. Afinal, quem é que não gosta de
chocolate? – explicou orgulhosamente, com ar de infinita sabedoria,
entregando tudo de bandeja para os policiais que comemoravam na van.
<i>“Conseguimos,
rapazes! Vamos lá, já temos o suficiente...”</i></span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Nossa, você é brilhante…
chegou a me dar um calor, sabe? – comentou ela, agradecendo por
tudo estar acabando, enfim. <i>“Parabéns,
moça! Você foi perfeita. Já estamos chegando...”</i></span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– A minha ideia agora é
expandir os negócios. Pretendo invadir as festas de fim de ano e
vender ovos de Páscoa natalinos. Aquele velho europeu não vai ter
outra opção a não ser aceitar. O que acha? – explicou,
plenamente satisfeito e continuou desbragadamente. – Tem certeza de
que não quer ir para o flat? – insistiu ele, num tom ligeiramente
lascivo e sedutor, no momento em que os policiais entravam no
estabelecimento, metidos em ternos negros, de armas em punho e com os
distintivos pendurados no pescoço.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Perdoe-me… eu não tive
outra escolha… – disse ela, com lágrimas nos olhos, para
surpresa do símbolo.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– O que você fez? –
perguntou Pascal, contorcendo o rosto num esgar, cerrando os
pequeninos dentes, ao ser tomado uma fúria súbita, quando os
investigadores o seguraram pelo braço.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Senhor Coelho Pascal? O
senhor está preso por fraude comercial, de acordo com o previsto com
o artigo 175 do Código Penal. T<em><span style="font-style: normal;">em</span></em>
o <em><span style="font-style: normal;">direito</span></em>
de <em><span style="font-style: normal;">permanecer
calado</span></em>, e
<em><span style="font-style: normal;">tudo</span></em>
o que disser <em><span style="font-style: normal;">poderá
ser usado contra</span></em>
você num <em><span style="font-style: normal;">tribunal.
– disse o policial encarregado da operação </span></em><em>“O
que trazes para mim?”</em><em><span style="font-style: normal;">,
enquanto os outros o conduziam para fora da lanchonete, sob os
olhares curiosos dos demais clientes.</span></em></span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="font-size: medium;"><em style="font-family: verdana;">– <span style="font-style: normal;">Desgraçada!
Traíra! – gritava o coelho, eriçando os pelos brancos pela raiva,
as orelhas agora esticadas para cima, o terno completamente em
desalinho, enquanto era praticamente arrastado de sua mesa.</span></em></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;">
– Por favor, me perdoe! Eu
te amei de verdade! – implorou a mulher, afundando o rosto banhado
em lágrimas nas mãos.</span></span></p>
<p class="western" style="line-height: 108%; margin-bottom: 0.28cm; text-align: justify;">
<span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Coelho Pascal foi preso, mas
sendo réu primário e com bons antecedentes, obteve a suspensão
condicional do processo e substituição da pena privativa de
liberdade por restritiva de direitos. No ano seguinte ele estaria de
volta. Que bom. Afinal, quem é que não gosta de chocolate?</span></p><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"><span lang="pt-BR"></span></span><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;"></span><p align="justify" class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: black;">Ge</span><span style="color: black;">orge dos Santos Pacheco</span></span></span></p><p align="justify" class="western" style="line-height: 16px; margin-bottom: 0cm;"><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><span style="color: black;">Cadeira n ° 38, Patronímica de <a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com.br/2015/01/biografia-dos-patronos-sylvio-romero.html" target="_blank">Sylvio Romero</a></span></span></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-82615301154830143462023-03-28T18:21:00.002-03:002023-03-28T18:22:25.776-03:00“!Lo cuanto puede una mujer que llora!”<p style="text-align: justify;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuIVWnpRzSN4zip869e77Tay7R4YK7-mKmCSdbM6793bAPaJt-ASZj9H0F_1yKclMjXMJDOh0ddqWERZdkpoXLkvt0hzr-vEslUBJcq69MNGlY-tvY2Qcg7cpbL2POVjWE5bzPYYT9LRS_gL2V7AcGxukVtGiRf45LJUpkO3Czse0sAQ3Nkzw0fx8S/s768/images%20(6).jpeg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="400" data-original-width="768" height="209" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjuIVWnpRzSN4zip869e77Tay7R4YK7-mKmCSdbM6793bAPaJt-ASZj9H0F_1yKclMjXMJDOh0ddqWERZdkpoXLkvt0hzr-vEslUBJcq69MNGlY-tvY2Qcg7cpbL2POVjWE5bzPYYT9LRS_gL2V7AcGxukVtGiRf45LJUpkO3Czse0sAQ3Nkzw0fx8S/w400-h209/images%20(6).jpeg" width="400" /></a></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /></span><div style="text-align: right;"><b><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><i>Vendo alguns faroestes, é que aprendi a falar “?Cómo te lhamas?”, “Buenas tardes” e “!No dispares!”</i></span></b></div><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><br /><span>Até hoje não sei. O que sei é que estávamos nós entre geografias e matemáticas quando o professor entra na sala e nos informa que vai dar aula de Espanhol. Espanhol?! Foi a pergunta uníssona. Já àquela altura da vida sabíamos da existência de inglês, que víamos nos filmes americanos. “Play it again, Sam”, como diria Humphrey Bogart. Até sabíamos que o inglês era falado há muito tempo e em todos os lugares do mundo, tanto que até Jesus Cristo falava inglês nos filmes da Semana Santa. Mas espanhol! </span>
<br /><br /><span>Consultando nossa pouca memória, descobrimos que nela constava a informação de que uns tantos Pizarros, Cortezes e Córdobas haviam estado aqui pelas Américas, trazendo progresso e algumas gentilezas espanholas. O progresso foi tanto que todas as civilizações então existentes foram destruídas ou ficaram no bagaço. Quanto às gentilezas, uma delas era treinar cachorros para comer carne humana e soltá-los entre os nativos, de modo que se fartassem à vontade. Esses cães tinham até posto militar e recebiam o soldo correspondente. Assim, acabamos vislumbrando o que seria essa língua que nos apresentavam de forma tão imprevista. Um colega mais inteligente do que eu (colega mais inteligente do que eu era o que não faltava na sala) achou logo a explicação para tamanha esquisitice. Havia um buraco no horário das aulas, por duas semanas tínhamos ficado com um tempo livre entre História e Redação. Ora, a direção do colégio descobriu que um dos seus professores falava espanhol e, simultaneamente, descobriu como tapar aquele buraco.</span>
<br /><br /><span>Tivemos, pois, um ano de Espanhol, ao fim do qual não hablavamos nada. Vendo alguns faroestes, é que aprendi a falar “?Cómo te lhamas?”, “Buenas tardes” e “!No dispares!” Geralmente o mocinho disparava assim mesmo e o mexicano caía morto, para grande alegria da garotada. Eu às vezes até ficava com pena dos bandidos. Mas também, quem mandou não saber falar inglês?</span>
<br /><br /><span>De tudo que li e ouvi naquelas aulas, só um verso me ficou na cabeça e até hoje vagueia pela minha memória. No poema, uma jovem adora o pássaro que ela mesma mantém preso na gaiola. Lá pelas tantas, com pena do bichinho, resolve soltá-lo. Mas, não resistindo à dor de perdê-lo, começa a chorar. Vendo as sentidas lágrimas que escorriam pelo rosto de sua antiga dona, o pássaro faz um volteio no ar e, abrindo mão da liberdade, volta para a gaiola. E o poema se fecha com essa chave do ouro: “!Lo cuanto puede una mujer que llora!”, verso que resume todo o meu conhecimento da língua em que Dom Quixote veio ao mundo.</span>
<br /><br /><span>De tudo isso me lembrei ao ler um artigo que explicava por que o português não tem o devido reconhecimento no mundo, apesar de tanta história, de tantos grandes escritores e da presença cada vez maior do nosso país no contexto mundial. Segundo o autor, isso se deve à presença sufocante do espanhol, hoje uma das línguas mais faladas e estudadas no mundo, inclusive no Brasil. Pelo que entendi, os estrangeiros acreditam que português e espanhol são tão parecidos que basta usar este para que aquele esteja sendo usado. </span>
<br /><br /><span>Não é bem assim que a banda toca. Quando por aqui passou, como um tio rico que faz a gentileza de visitar os sobrinhos pobres, o presidente Ronald Reagan foi tão bem recebido que, ao partir, agradeceu a hospitalidade do povo boliviano. Mas atualmente até os americanos, ou pelo menos os mais esclarecidos, já aprenderam que a capital do Brasil não é Buenos Aires. Alguns talvez achem que é La Paz. Um dia eles acabam acertando.</span>
<br /><br /><span>O certo é que de muito pouco me valeram as aulas de espanhol que tive na adolescência. E do pouco que ficou resultou esta crônica, e tão modesta quanto meus conhecimentos de espanhol, e cujo único valor talvez seja nos alertar para esta verdade inquestionável: uma mulher que chora tudo pode, nada se pode negar a uma mulher que chora.</span></span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><p class="MsoNormal" style="font-family: "Times New Roman"; font-size: medium; line-height: normal; margin-bottom: 0cm; text-align: justify;"><span style="font-family: verdana; font-size: medium;"><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/08/roberio-jose-canto.html?m=1" target="_blank">Robério José Canto</a><span style="mso-fareast-font-family: "Times New Roman";"><o:p></o:p></span></span></p><span style="text-align: justify;">Cadeira n° 4, Patronímica de </span><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com/2015/01/biografia-dos-patronos-alphonsus-de.html?m=1" style="text-align: justify;" target="_blank">Alphonsus de Guimarães</a> </span><!--EndFragment-->Unknownnoreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-4532300174657809217.post-10414736640694743512023-03-27T14:17:00.003-03:002023-03-27T14:18:24.546-03:00Biografia dos Acadêmicos: Nívea Corcino Locatelli Braga<p style="text-align: center;"></p><div class="separator" style="clear: both; text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL8aSl5xG_7p8dgok2S_GeR6db38KRHdUpQU4iJbWeGUVi-sWCuk7-jpUicYrqtCENkONzdPubCr2nZc5pqhoYeJysDju1Co_18F1Q0Pdr8txCx15p4qwdzf48Wn8ITstJxIIi-pxPc9unDfq4F-YZGRBsguob159mUwuRn6bjau0u9uhGBjatERvR/s489/1589582159311.jpeg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="489" data-original-width="489" height="400" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjL8aSl5xG_7p8dgok2S_GeR6db38KRHdUpQU4iJbWeGUVi-sWCuk7-jpUicYrqtCENkONzdPubCr2nZc5pqhoYeJysDju1Co_18F1Q0Pdr8txCx15p4qwdzf48Wn8ITstJxIIi-pxPc9unDfq4F-YZGRBsguob159mUwuRn6bjau0u9uhGBjatERvR/w400-h400/1589582159311.jpeg" width="400" /></a></div><br /><p></p><p style="text-align: justify;"><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">Nívea Corcino Locatelli Braga é escritora,
advogada, professora de Direito Processual Civil com mais de 20 anos
de experiência, palestrante, Doutora e Mestre em Direito Público,
pós-doutoranda em Direito Processual pela Universidade do Estado do
Rio de Janeiro, membro efetivo do Instituto Brasileiro de Direito
Processual, integrante do Instituto Ibero-americano de Estudos
Jurídicos, da diretoria da comissão especial de celeridade
processual da OAB nacional, do conselho editorial da editora Juruá e
de inúmeros institutos e Comissões. Nos últimos anos coordenou
Simpósios internacionais em eventos realizados na Faculdade de
Direito da Universidade de Coimbra, na Universidade Complutense de
Madrid, na Faculdade de Direito de Barcelona, na Universidade do
Texas, em Austin, e no ano de 2023 coordenou um simpósio na
Universidade de Pádua na Itália. </span><span style="color: black; font-family: verdana; font-size: medium;">Autora
dos livros <i>“Discurso da dignidade da pessoa humana & do dano
moral no STJ – os ditos e os não ditos sobre a ditadura Militar”</i>,
<i>“Direito de Trabalho II”</i> e <i>“A invisibilização da pessoa idosa
brasileira no contexto da Convenção Interamericana de Direitos
Humanos”</i>, este em fase de publicação. Nívea é também autora de
dezenas de capítulos encontráveis nas mais conceituadas publicações
da literatura jurídica nacional. </span><span style="font-family: verdana; font-size: medium;">Tomou posse em 24 de março de 2023, ocupando a cadeira n ° 25, patronímica de </span><span style="font-size: medium;"><span style="font-family: verdana;"><a href="http://academiafriburguensedeletras.blogspot.com.br/2015/01/biografia-dos-patronos-jose-patrocinio.html">José
do Patrocínio</a></span><span style="font-family: verdana;"><span>.</span></span><span style="font-family: verdana;"> </span></span><span style="font-family: verdana;"><br /></span></p>Unknownnoreply@blogger.com0